quarta-feira, junho 11, 2014

A falta de sono ou a necessidade do mesmo

Julgo que é mais a privação do sono, mas quem sou eu para me substituir aos peritos. É isto que sinto faz alguns anos e não sei como contrariar ou não encontrei ainda forças e vontade suficientes para inverter a situação. Também há a versão da propensão para o estilo noctívago, que admito personificar. Contudo, seria preciso, num processo de reequilibração, compensar com hábitos 'out of the box', o que claramente entra em conflito com exigências/compromissos. Uma equação difícil de resolver e de momentos bipolares.
Aqui está um artigo sobre o assunto.
Pode-se ver também aqui outro artigo.

O texto completo...
Falta de sono tem efeito "dramático" no corpo humano, conclui estudo
A longo prazo, a falta de sono pode levar ao aparecimento de doenças neurodegenerativas
11 de junho de 2014

Uma experiência concluiu que a atividade de centenas de genes nos organismos de um grupo de voluntários ficou severamente alterada quando estes dormiram menos de seis horas por noite durante uma semana.
Num artigo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os investigadores avançam que os resultados do estudo explicam como o sono em insuficiência prejudica a saúde.
Os investigadores nomeaim doenças cardíacas, diabetes, obesidade e mau funcionamento do cérebro como possíveis causa do pouco descanso. O processo pelo qual o défice de sono altera o estado de saúde não é, no entanto, descrito pelos cientistas.
A equipa da Universidade de Surrey, no Reiino Unido, recolhei amostras de sangue de 26 pessoas depois de estas terem dormido até dez horas por noite durante uma semana.
Na segunda fase dos testes, o mesmo grupo foi submetido a uma semana de sono insuficiente - menos de seis horas por noite. Logo depois, foram recolhidas novas mostras de sangue.
Ao comparar as amostras, os cientistas observaram que a atividade de 700 genes no organismo dos participantes alterou-se após a mudança no padrão de sono.
Cada gene contém instruções para a fabricação de uma proteína. Portanto, os que ficaram mais ativos produziram mais proteínas e isso alterou completamente a configuração química no corpo dos voluntários.
O relógio natural dos  organismos também ficou perturbado pela falta de sono. A atividade de alguns genes aumenta e diminui no decorrer do dia, mas esse efeito foi enfraquecido pelo défice de sono.
Colin Smith, da Universidade de Surrey, disse que "houve uma mudança dramática na atividade de muitos tipos diferentes de genes", descreve a BBC.
"Áreas como o sistema imunitário e a forma como o organismo reage aos danos e ao stress foram afetadas", acrescentou.
"Claramente, dormir é essencial para a reconstrução do corpo e a manutenção de um estado funcional. Caso contrário, vários tipos de danos parecem acontecer, o que pode resultar em doenças. Se não podemos reabastecer ou substituir as células, isso leva à formação de doenças degenerativas", alerta.
O especialista lamenta ainda que muitas pessoas podem conviver com défices de sono ainda maiores do que os estudados.


quinta-feira, junho 05, 2014

Contra o EURO, João Rodrigues, em "Ladrões de Bicicletas"

A propósito do livro de  Juan Francisco Martín Seco, "Contra el €uro", publicado há uns meses atrás, encontrei uma síntese e reflexão sobre o mesmo. Vale a pena ler. Aqui => "Contra el €uro".

Para memória futura, caso o texto se perca,  aqui fica o original, com salvaguarda da autoria (João Rodrigues, em Ladrões de Bicicletas, a 19-11-2013).

Contra el Euro
Este livro, diz-nos Juan Francisco Martín Seco na introdução, foi escrito com “raiva”, dada a destruição evitável que está sendo gerada na economia, no Estado social e na democracia espanholas. Felizmente, a “raiva” foi posta ao serviço de uma argumentação clara e racional. As grandes linhas do argumento contra o Euro são conhecidas e o livro apresenta-as claramente, tendo a vantagem adicional de nos mostrar como a atitude das elites económicas e políticas espanholas em relação ao Euro e à integração neoliberal que lhe esteve indelevelmente associada foi tão semelhante à das castas portuguesas: o mesmo egoísmo, a mesma miopia, a mesma arrogância, os mesmos complexos do bom aluno e a mesma atitude moralista imoral depois da crise rebentar – vivestes acima das possibilidades, agora é altura de pagar.

As causas estruturais da dívida externa elevada são claramente identificadas: o Euro, uma moeda sem Estado, desligado das finanças públicas, e que aumentou as assimetrias entre os Estados realmente existentes, não serve as economias europeias menos desenvolvidas e agora sem meios decentes para gerir a sua inserção internacional. A acumulação de défices da balança corrente foi um sintoma da perda de competitividade, de uma moeda demasiado forte. Agora, os défices são provisoriamente debelados pelo destrutivo e injusto, até porque só recai sobre os assalariados, mecanismo da desvalorização interna. Este deixa um lastro institucional, social e laboral, pesado, tal como a construção do euro, por via essencialmente da liberalização financeira, já o tinha feito. O trabalho de neoliberalização ficaria completo.

Parte do livro é constituída por um impressionante corpo de autocitações de escritos do autor, fundamentalmente dos anos noventa: um bem vos avisei sem falsas modéstias. Não se trata de mais um oráculo, mas sim de ter tido a capacidade de identificar, com a ajuda de história racionalizada, por exemplo das desvalorizações cambiais quando a coisa apertava, mecanismos e padrões emergentes, mas ignorados pela sabedoria convencional euro-contente.

Seco, um economista entre a alta administração pública e a academia e que rompeu com o PSOE na década de noventa, insiste que a União Europeia saída de Maastricht e confirmada nos Tratados subsequentes, baseada numa moeda disfuncional e numa lógica de expansão sem fim das forças do mercado capitalista, não é união, já que reforça os mecanismos de polarização e não é europeia, já que destrói o Estados sociais e as democracias. Os mecanismos nesta altura são muito claros: sem moeda própria e controlada pelos poderes públicos democráticos, sem algum tipo de controlo de capitais, não existe, nem existirá, o grau soberania que é condição necessária para que as constituições democráticas e sociais anti-fascistas, ainda tão temidas pelo capital financeiro, e por potenciais boas razões, possam ser cumpridas nas suas dimensões essenciais. Um bom contributo para que as forças sociais e políticas que se dizem progressistas se possam ver livres, também do outro lado da fronteira, das custosas ilusões do Euro.

Sociedade Machista

Fonte anónima, mais uma 'pérola' a circular pela Net.

A injustiça feminina na Língua Portuguesa. Veja, então, como. A sociedade feminina portuguesa, e de todos os países lusófonos, pode-se queixar do tratamento machista espalhado na gramática portuguesa ( bem entendido, no vernáculo popular). Eis lguns exemplos:

Cão = melhor amigo do homem
Cadela = puta

Vagabundo = homem que não trabalha
Vagabunda = puta

Touro = homem forte
Vaca = puta

Pistoleiro = homem que mata pessoas
Pistoleira = puta

Aventureiro = homem que se arrisca, viajante, desbravador
Aventureira = puta

Menino de rua = menino pobre, que vive na rua
Menina de rua = puta

Homem da vida = pessoa letrada pela sabedoria adquirida ao longo da vida
Mulher da vida = puta

Tiozinho = irmão mais novo do pai
Tiazinha = puta

Puto = criança, menino
Puta = puta

Políticos = homem que trata de politica, estadista
As mães deles = putas

Mas deve haver mais… Oh, se há!