Um tal de "Diego Penalva" faz um serviço interessante para quem quiser aproveitar.
Link aqui.
Para mais tarde activar ou de esquissos de geração espontânea... sobre tudo e sobre nada.
domingo, outubro 13, 2013
Machete, por Daniel Oliveira
O que gostava de dizer e que Daniela Oliveira soube traduzir por palavras... No Expresso.
Aqui fica o texto para a posteridade.
08.10.2013 às 8h00, DANIEL OLIVEIRA
Aqui fica o texto para a posteridade.
08.10.2013 às 8h00, DANIEL OLIVEIRA
Rui Machete entrou no governo com lapsos de memória. Esqueceu-se de colocar no seu currículo a sua passagem pela SLN. Não devemos condená-lo. Machete é um homem distraído. Quando foi presidente do Conselho Superior da Sociedade Lusa de Negócios, grupo responsável pelo maior rombo nos dinheiros públicos da nossa história recente, as senhas de presença eram-lhe pagas em dinheiro e transformadas em seguros de vida, fugindo assim ao fisco. E, apesar de presidir a um órgão com poderes de fiscalização, nem assim desconfiou que alguma coisa não ia bem por aquela empresa.
Rui Machete escreveu a um deputado para o informar que nunca teve ações do BPN. Não era preciso tanto zelo na informação. Nem Oliveira Costa as tinha. Nunca existiram. E acrescentou que também não tinha ações da SLN, detentora absoluta do BPN. Só que essas existiam. E Rui Machete tinha-as. Como a primeira informação era, e nunca poderia deixar de ser, verdadeira e apenas a segunda, única que interessava, era falsa, isto não foi propriamente uma mentira. Foi uma "incorreção factual". Se eu disser que Rui Machete é um ministro rigoroso e competente também não estou a mentir. Afinal de contas Machete ainda é, contra todas as regras da decência política, um ministro.
Rui Machete deu uma entrevista a uma rádio angolana. Informou que tinha pedido, em nome do Estado português, desculpas a quem foi investigado pelo poder judicial. Disse que tinha pedido informação sobre o processo e que aquilo não era nada de especial. Já não interessa saber se Machete pediu ou não informações a quem nunca lhas poderia dar. É só mais uma pequena "incorreção factual". Nem o facto de Machete vir do escritório que tratava da defesa de alguns dos investigados, o que deveria ser apenas mais uma razão para ficar calado sobre este assunto. Grave é um ministro dos Negócios Estrangeiros opinar, em entrevistas a órgãos de comunicação estrangeiros, sobre processos judiciais. E, ainda por cima, pedir desculpas em nome do Estado português pelo comportamento do poder judicial. Num país que valoriza o Estado de Direito e a separação de poderes a ele inerente este tipo inédito de declarações ditariam a imediata demissão do ministro. Mas Passos já veio explicar que se trataram apenas de expressões infelizes. Compreendo: perante tudo o que este governo já fez, devemos ser austeros no uso de adjetivos. Ainda pode acontecer tanta coisa que é melhor não os esgotar.
O que leva um ministro como Machete, com o seu passado recente, as suas recorrentes mentiras e a sua absurda incompetência política a manter-se no lugar? Quatro razões: este governo está tão frágil que já não pode demitir ninguém; os casos com ministros são tantos que já nada escandaliza; as medidas brutais contra os cidadãos sucedem-se a tal velocidade que as tropelias de Machete parecem quase irrelevantes; e os cidadãos aceitaram de tal forma a inevitabilidade de tudo que desistiram de ser cidadãos. Estão-se pura e simplesmente nas tintas para o governo, para a política e, por consequência, para o país.
A indignidade do comportamento de Machete não o faz cair porque a dignidade deixou de ser um valor político relevante. Não consta que afete a "nossa" credibilidade junto dos mercados. E se está bem para os mercados também está bem para nós todos. A ética é muito bonita mas não baixa juros nos mercados secundários nem consta do memorando de entendimento. É coisa para líricos irresponsáveis. Na realidade, quanto mais indiferença mostrarmos a tudo o que é indigno mais credíveis seremos. Porque estabilidade é tudo o que precisamos. Isto pode ficar mesmo uma merda. O que interessa é que seja uma merda estável.
quarta-feira, outubro 02, 2013
Top Gear
Uma série de outros tempos, de todos os tempos... Já vai na série 20!
http://topgearbr.wordpress.com/category/top-gear-s20/
http://topgearbr.wordpress.com/category/top-gear-s20/
Um exemplo bem apanhado.Espanha (As cidades desertas!):
http://www.streetfire.net/video/teste022003tg_2432348.htm
http://www.streetfire.net/video/teste022003tg_2432348.htm
domingo, junho 09, 2013
a propósito de EXAMES...
Um texto sobre “os erros mais frequentes” nos exames. Leitura interessante e ‘preventiva’ para não se cometer alguns erros.
É fácil dizer; outra coisa é fazer…
do Jornal Público online (02-06-2013). Ver aqui.
Aqui fica o texto para a posteridade.
Os 12 erros mais comuns, ANDREIA SANCHES 02/06/2013 - 00:00
Debitar uma resposta memorizada, em vez de apostar na capacidade de pensar pela própria cabeça, não é uma boa solução.
Peça-se num exame que os alunos identifiquem com um "v" de "verdadeiro" as afirmações, entre várias apresentadas numa lista, que sustentem uma determinada hipótese. E é quase certo que vários identificarão com um "v" todas as afirmações que consideram verdadeiras - independentemente de apoiarem ou não a hipótese apresentada. E assim se falha uma resposta. O exemplo serve para ilustrar um dos erros frequentes dos estudantes quando fazem exames: não lêem a pergunta até ao fim. Ganham minutos, mas perdem pontos.
A duas semanas de começarem os exames nacionais do básico e do secundário, pedimos a professores de diferentes áreas que nos ajudassem a fazer uma lista de erros frequentes. Alguns são fáceis de adivinhar. Outros, mais surpreendentes. Há quem aconselhe umas boas horas de desporto vigoroso na véspera da prova.
1. Não estudar com tempo
É bom que cada um encontre a sua própria forma de optimizar o tempo de estudo e de ser eficaz, nota José Morgado, professor do Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Mas a verdade é que o tempo que os alunos dedicam a preparar-se para as provas é, muitas vezes, insuficiente.
"Uma parte significativa não se prepara com a antecedência devida", diz Miguel Barros, vice-presidente da Associação de Professores de História (APH). Muitos deixam para a véspera das provas o estudo das matérias obrigatórias, continua Paula Gonçalves, professora de Filosofia e coordenadora do centro de explicações Ás de Saber. "Revelam um estudo pouco sistemático, mal organizado, sem a elaboração prévia de resumos, os quais, quando realizados ao longo do ano lectivo, simplificam muito a preparação mais específica e intensiva que antecede os exames", afirma.
O local de estudo também pode fazer a diferença. Miguel Barros nota que "muitos alunos não estudam em ambientes propícios à concentração - não desligam a televisão, a Internet ou os telemóveis, por exemplo".
2. Stress a mais
"Quando iniciam o estudo, é frequente entrarem em pânico face à enormidade da tarefa, o que os leva a situações de stress e, no limite, ao uso de fármacos que, supostamente, os auxiliarão a concluir com sucesso o que se pretende", diz o dirigente da APH. Eis outro erro frequente. José Morgado sublinha a importância de se tentar "lidar de forma serena com a pressão ou expectativas que, muitas vezes, pais, professores ou os próprios colocam - e que, para alguns alunos, podem tornar-se parte do problema".
À medida que o exame se aproxima, os nervos aumentam. E, no dia da prova, ainda pior - sendo que, tendencialmente, os mais pequeninos são mais sensíveis, explica Fernando Nunes, ex-presidente da Associação de Professores de Matemática.
O excesso de tensão, diz este professor, é um grande inimigo. Leva os alunos a cometer erros, sobretudo se no exame se confrontam com algo "novo", uma pergunta feita de forma diferente daquela que é habitual, por exemplo. O último relatório disponível do Gabinete de Avaliação Educacional, sobre os exames, confirma esta ideia: em 2011, nos exames de Matemática do 9.º e do 12.º ano, por exemplo, os alunos revelaram dificuldades na interpretação de algumas questões, sobretudo quando estas envolviam "estratégias não habituais".
3. Ter excesso de confiança
Muitos alunos consideram que não precisam de fazer uma preparação "mais específica e direccionada" para os exames porque julgam que já conhecem a matéria, diz Paula Gonçalves. Acham, portanto, que não precisam de praticar. Mas atenção ao excesso de confiança: "A realização contínua de exercícios permite fazer um levantamento dos próprios erros procurando superá-los e, além disso, obriga a analisar os critérios de correcção dos exames procurando responder à questão "em que é que eu não posso falhar?".
4. Ler só resumos
Cada vez mais se nota que os alunos não lêem as obras integrais que são obrigatórias, notam alguns professores. Isto vale, nomeadamente, para quem está a preparar-se para o exame de Português. Os resumos das obras não chegam!
5. Ir de directa
Ir para o exame com uma noite mal dormida é um erro frequente. "Metade da nota consegue-se com estudo, a outra metade com os neurónios em actividade máxima... o que implica uma cabeça fresca!", diz Paula Canha, professora de Biologia e Geologia. "Aconselho os meus alunos a praticarem desporto vigoroso no final do dia anterior ao exame, pelo menos oito horas de sono e uma refeição decente antes do exame. Assim, a concentração e a capacidade de raciocínio estarão no seu máximo."
6. Não ler as perguntas
Até que chega aquele momento em que o professor distribui o exame. "Às vezes nem lêem o enunciado completo!" O desabafo é de Paula Canha, mas é partilhado por vários professores. "Dizem que a meio já achavam que tinham percebido o que era para responder, mas afinal... Exemplo: uma pergunta de V/F [Verdadeiro/Falso] em que é para indicar as afirmações que apoiam uma determinada hipótese. Eles partem do princípio que é para assinalar as frases como verdadeiras ou falsas, ignorando o segundo requisito do enunciado", continua a professora de Biologia.
Não dedicar o tempo necessário à leitura das perguntas leva a erros de interpretação, diz também Miguel Barros. Sem compreender bem o que é pedido, dificilmente se dá a resposta certa, e isto é verdade para todas as disciplinas, diz Paula Gonçalves.
7. Não planear as respostas
Para além de compreender as perguntas é preciso "preparar e planear as respostas", diz José Morgado. "A resposta imediata pode ser desajustada ou "ao lado"." É importante avaliar o que é mesmo "essencial", referir e o que é "acessório" - sendo que o acessório também se pode incluir, e até pode ser relevante, em questões de "desenvolvimento".
8. Debitar o que se decorou
"Muitos alunos desenvolvem na sua cabeça a resposta certa, mas como não confiam na sua capacidade de raciocínio, preferem procurar na memória alguma coisa que tenham ouvido na aula ou estudado no manual e que possa colar-se àquela situação", diz Paula Canha. Miguel Barros dá o exemplo do que se passa na sua área científica: "Apesar de nos exames de História se privilegiar a interpretação de fontes, devendo a informação recolhida nessas fontes ser integrada, de forma crítica, nas respostas, um número significativo de alunos continua a achar que o que interessa é "decorar a matéria" e "despejá-la" nas respostas. Isto dá origem a erros de análise - vêem nas questões aquilo que querem ver, dando origem a respostas longas mas que ficam muito aquém daquilo que se pretende."
9. Não ser assertivo
Ser objectivo e assertivo dá pontos, diz Paula Gonçalves. "Muitos alunos têm tendência para o excesso de informação numa resposta, tornando-a pouco assertiva. A objectividade é muito bem cotada num exame."
10. Não gerir o tempo
O exame deve ser visto como um todo, diz Miguel Barros. Mas a maioria dos alunos não é assim que lida com o enunciado da prova. "Como não olham para o exame como um todo, mas antes como uma lista de questões, não planeiam com cuidado o tempo de que vão necessitar. Perdem, frequentemente, demasiado tempo com questões de nível mais elementar (do tipo refere, enumera...), que são menos pontuadas, acabando por não ter tempo suficiente para responder a questões mais complexas, que implicam uma maior reflexão."
Mas isto de gerir o tempo não é coisa fácil. Ficar "bloqueado" numa resposta que parece supercomplicada também pode acabar por significar que não se tem tempo para responder a outras eventualmente mais fáceis, lembra José Morgado.
Fernando Nunes lembra que o "tempo" não é, geralmente, um factor muito valorizado no processo de ensino-aprendizagem - mais cinco minutos, menos cinco minutos, o que interessa aos professores na sala de aula é que os jovens acabem por conseguir resolver o problema. No exame, tudo é diferente. Fica a sugestão: "Se acham que estão a levar demasiado tempo com uma pergunta que não estão a conseguir responder, passem para outra, porque elas não têm todas o mesmo grau de dificuldade."
11. Não rever as respostas
É fundamental voltar a reler as respostas do exame para perceber se existe coerência no que foi exposto e poder detectar erros e falhas.
12. Não usar as tabelas
Textos, tabelas, gráficos e exemplos não servem para embelezar o exame, diz Paula Gonçalves. Muitos alunos ignoram o recurso a estes documentos de apoio que constam de alguns enunciados e que muito podem valorizar uma resposta.
Financiamento bancário versus dívida...
Não sou economista, mas há questões que fazem sentido. Ainda bem que há jornalistas que as sabem fazer.
É uma sensação recorrente esta de sentir que votamos, mas os ditos eleitos do povo, entre este mesmo povo que deviam representar e os banqueiros, preferem sempre estes últimos, afinal aqueles para os quais obedecem, aqueles que lhes acenam com lugares de favores pelos males e crimes que cometem sobre o que não lhes custa burlar, a causa, o bem público. Até quando?
Isto sim devia ser serviço público, pelas 20 horas em canal de TV para todos verem e perceberem.
Vejam aqui.
É uma sensação recorrente esta de sentir que votamos, mas os ditos eleitos do povo, entre este mesmo povo que deviam representar e os banqueiros, preferem sempre estes últimos, afinal aqueles para os quais obedecem, aqueles que lhes acenam com lugares de favores pelos males e crimes que cometem sobre o que não lhes custa burlar, a causa, o bem público. Até quando?
Isto sim devia ser serviço público, pelas 20 horas em canal de TV para todos verem e perceberem.
Vejam aqui.
domingo, junho 02, 2013
Ø | Música da minha preferência, 005
Que álbum, que saudades…
Tudinho, tudinho… num espectáculo ímpar!
Laurie Anderson – Home of the Brave… 1986!
Tudinho, tudinho… num espectáculo ímpar!
Laurie Anderson – Home of the Brave… 1986!
sexta-feira, maio 31, 2013
Ø | Músicas da minha preferência, 004, Dead Can Dance
Dead Can Dance, do álbum "The Serpent's Egg",
The Host of Seraphim
Dead Can Dance, do álbum "Toward the Within"
Rakim
The Host of Seraphim
Dead Can Dance, do álbum "Toward the Within"
Rakim
Pacheco Pereira ao poder...
Carta no Público de Pacheco Pereira a Mário Soares, a propósito da Conferência “Libertar Portugal da Austeridade”. Link aqui
30/05/2013 - 23:46
Texto de Pacheco Pereira na íntegra.
Numa atitude surpreendente, o ex-deputado do PSD e comentador político Pacheco Pereira enviou uma carta ao ex-Presidente Mário Soares com críticas ao Governo no âmbito da conferência desta quinta-feira na Aula Magna de Lisboa.
Caro Presidente Mário Soares,
Não podendo estar presente nesta iniciativa, apoio o seu objectivo de contribuir para combater a “inevitabilidade” do empobrecimento em que nos querem colocar, matando a política e as suas escolhas, sem as quais não há democracia. Gostaria no entanto de, por seu intermédio, expressar com mais detalhe a minha posição.
A ideia de que para alguém do PSD, para um social-democrata, lhe caem os parentes na lama por estar aqui só tem sentido para quem esqueceu, contrariando o que sempre explicitamente, insisto, explicitamente, Sá Carneiro disse: que os sociais-democratas em Portugal não são a “direita”. E esqueceu também o que ele sempre repetiu: de que acima do partido e das suas circunstâncias está Portugal.
Não. Os parentes caem na lama é por outras coisas, é por outras companhias, é por outras cumplicidades, é por se renegar o sentido programático, constitutivo de um partido que tem a dignidade humana, o valor do trabalho e a justiça social inscritos na sua génese, a partir de fontes como a doutrina social da Igreja, a tradição reformista da social-democracia europeia e o liberalismo político de homens como Herculano e Garrett. Os que o esquecem, esses é que são as más companhias que arrastam os parentes para a lama da vergonha e da injustiça.
Não me preocupam muito as classificações de direita ou de esquerda, nem sequer os problemas internos de “unidade” que a esquerda possa ter. Não é por isso que apoio esta iniciativa. O acantonamento de grupos, facções ou partidos, debaixo desta ou daquela velha bandeira, não contribui por si só para nos ajudar a sair desta situação. Há gente num e noutro espectro político preocupada com as mesmas coisas, indignada pelas mesmas injustiças, incomodada pelas desigualdades de sacrifícios, com a mesma cidadania activa e o mesmo sentido de decência que é o que mais falta nos dias de hoje.
A política, a política em nome da cidadania, do bom governo, e da melhoria social, é que é decisiva. O que está a acontecer em Portugal é a conjugação da herança de uma governação desleixada e aventureira, arrogante e despesista, que nos conduziu às portas da bancarrota, com a exploração dos efeitos dessa política para implementar um programa de engenharia cultural, social e política, que faz dos portugueses ratos de laboratório de meia dúzia de ideias feitas que passam por ser ideologia.
Tudo isto associado a um desprezo por Portugal e pelos portugueses de carne e osso, que existem e que não encaixam nos paradigmas de “modernidade” lampeira, feita de muita ignorância e incompetência, a que acresce um sentimento de impunidade feito de carreiras políticas intrapartidárias, conhecendo todos os favores, trocas, submissões, conspirações e intrigas de que se faz uma carreira profissionalizada num partido político em que tudo se combina e em que tudo assenta no poder interno e no controlo do aparelho partidário.
Durante dois anos, o actual Governo usou a oportunidade do memorando para ajustar contas com o passado, como se, desde que acabou o ouro do Brasil, a pátria estivesse à espera dos seus novos salvadores que, em nome do "ajustamento" do défice e da dívida, iriam punir os portugueses pelos seus maus hábitos de terem direitos, salários, empregos, pensões e, acima de tudo, de terem melhorado a sua condição de vida nos últimos anos, à custa do seu trabalho e do seu esforço.
O "ajustamento" é apenas o empobrecimento, feito na desigualdade, atingindo somente "os de baixo", poupando a elite político-financeira, atirando milhares para o desemprego, entendido como um dano colateral não só inevitável como bem-vindo para corrigir o mercado de trabalho, "flexibilizar” a mão-de-obra, baixar os salários. Para um social-democrata, poucas coisas mais ofensivas existem do que esta desvalorização da dignidade do trabalho, tratado como uma culpa e um custo, não como uma condição, um direito e um valor.
Vieram para punir os portugueses por aquilo que consideram ser o mau hábito de viver "acima das suas posses", numa arrogância política que agravou consideravelmente a crise que tinham herdado e que deu cabo da vida de centenas de milhares de pessoas, que estão, em 2013, muitas a meio da sua vida, outras no fim, outras no princípio, sem presente e sem futuro.
Para o conseguir, desenvolveram um discurso de divisão dos portugueses que é um verdadeiro discurso de guerra civil, inaceitável em democracia, cujos efeitos de envenenamento das relações entre os portugueses permanecerão muito para além desta fátua experiência governativa. Numa altura em que o empobrecimento favorece a inveja e o isolamento social, em que muitos portugueses têm vergonha da vida que estão a ter, em que a perda de sentido colectivo e patriótico leva ao salve-se quem puder, em que se colocam novos contra velhos, empregados contra desempregados, trabalhadores do sector privado contra os funcionários públicos, contribuintes da segurança social contra os reformados e pensionistas, pobres contra remediados, permitir esta divisão é um crime contra Portugal como comunidade, para a nossa Pátria. Este discurso deixará marcas profundas e estragos que demorarão muito tempo a recompor.
O sentido que dou à minha participação neste encontro é o de apelar à recusa completa de qualquer complacência com este discurso de guerra civil, agindo sem sectarismos, sem tibiezas e sem meias tintas, para que não se rompa a solidariedade com os portugueses que sofrem, que estão a perder quase tudo, para que a democracia, tão fragilizada pela nossa perda de soberania e pela ruptura entre governantes e governados, não corra riscos maiores.
Precisamos de ajudar a restaurar na vida pública um sentido de decência que nos una e mobilize. Na verdade, não é preciso ir muito longe na escolha de termos, nem complicar os programas, nem intenções. Os portugueses sabem muito bem o que isso significa. A decência basta.
30/05/2013 - 23:46
Texto de Pacheco Pereira na íntegra.
Pacheco Pereira enviou mensagem a Soares a criticar o actual Governo
Numa atitude surpreendente, o ex-deputado do PSD e comentador político Pacheco Pereira enviou uma carta ao ex-Presidente Mário Soares com críticas ao Governo no âmbito da conferência desta quinta-feira na Aula Magna de Lisboa.
Caro Presidente Mário Soares,
Não podendo estar presente nesta iniciativa, apoio o seu objectivo de contribuir para combater a “inevitabilidade” do empobrecimento em que nos querem colocar, matando a política e as suas escolhas, sem as quais não há democracia. Gostaria no entanto de, por seu intermédio, expressar com mais detalhe a minha posição.
A ideia de que para alguém do PSD, para um social-democrata, lhe caem os parentes na lama por estar aqui só tem sentido para quem esqueceu, contrariando o que sempre explicitamente, insisto, explicitamente, Sá Carneiro disse: que os sociais-democratas em Portugal não são a “direita”. E esqueceu também o que ele sempre repetiu: de que acima do partido e das suas circunstâncias está Portugal.
Não. Os parentes caem na lama é por outras coisas, é por outras companhias, é por outras cumplicidades, é por se renegar o sentido programático, constitutivo de um partido que tem a dignidade humana, o valor do trabalho e a justiça social inscritos na sua génese, a partir de fontes como a doutrina social da Igreja, a tradição reformista da social-democracia europeia e o liberalismo político de homens como Herculano e Garrett. Os que o esquecem, esses é que são as más companhias que arrastam os parentes para a lama da vergonha e da injustiça.
Não me preocupam muito as classificações de direita ou de esquerda, nem sequer os problemas internos de “unidade” que a esquerda possa ter. Não é por isso que apoio esta iniciativa. O acantonamento de grupos, facções ou partidos, debaixo desta ou daquela velha bandeira, não contribui por si só para nos ajudar a sair desta situação. Há gente num e noutro espectro político preocupada com as mesmas coisas, indignada pelas mesmas injustiças, incomodada pelas desigualdades de sacrifícios, com a mesma cidadania activa e o mesmo sentido de decência que é o que mais falta nos dias de hoje.
A política, a política em nome da cidadania, do bom governo, e da melhoria social, é que é decisiva. O que está a acontecer em Portugal é a conjugação da herança de uma governação desleixada e aventureira, arrogante e despesista, que nos conduziu às portas da bancarrota, com a exploração dos efeitos dessa política para implementar um programa de engenharia cultural, social e política, que faz dos portugueses ratos de laboratório de meia dúzia de ideias feitas que passam por ser ideologia.
Tudo isto associado a um desprezo por Portugal e pelos portugueses de carne e osso, que existem e que não encaixam nos paradigmas de “modernidade” lampeira, feita de muita ignorância e incompetência, a que acresce um sentimento de impunidade feito de carreiras políticas intrapartidárias, conhecendo todos os favores, trocas, submissões, conspirações e intrigas de que se faz uma carreira profissionalizada num partido político em que tudo se combina e em que tudo assenta no poder interno e no controlo do aparelho partidário.
Durante dois anos, o actual Governo usou a oportunidade do memorando para ajustar contas com o passado, como se, desde que acabou o ouro do Brasil, a pátria estivesse à espera dos seus novos salvadores que, em nome do "ajustamento" do défice e da dívida, iriam punir os portugueses pelos seus maus hábitos de terem direitos, salários, empregos, pensões e, acima de tudo, de terem melhorado a sua condição de vida nos últimos anos, à custa do seu trabalho e do seu esforço.
O "ajustamento" é apenas o empobrecimento, feito na desigualdade, atingindo somente "os de baixo", poupando a elite político-financeira, atirando milhares para o desemprego, entendido como um dano colateral não só inevitável como bem-vindo para corrigir o mercado de trabalho, "flexibilizar” a mão-de-obra, baixar os salários. Para um social-democrata, poucas coisas mais ofensivas existem do que esta desvalorização da dignidade do trabalho, tratado como uma culpa e um custo, não como uma condição, um direito e um valor.
Vieram para punir os portugueses por aquilo que consideram ser o mau hábito de viver "acima das suas posses", numa arrogância política que agravou consideravelmente a crise que tinham herdado e que deu cabo da vida de centenas de milhares de pessoas, que estão, em 2013, muitas a meio da sua vida, outras no fim, outras no princípio, sem presente e sem futuro.
Para o conseguir, desenvolveram um discurso de divisão dos portugueses que é um verdadeiro discurso de guerra civil, inaceitável em democracia, cujos efeitos de envenenamento das relações entre os portugueses permanecerão muito para além desta fátua experiência governativa. Numa altura em que o empobrecimento favorece a inveja e o isolamento social, em que muitos portugueses têm vergonha da vida que estão a ter, em que a perda de sentido colectivo e patriótico leva ao salve-se quem puder, em que se colocam novos contra velhos, empregados contra desempregados, trabalhadores do sector privado contra os funcionários públicos, contribuintes da segurança social contra os reformados e pensionistas, pobres contra remediados, permitir esta divisão é um crime contra Portugal como comunidade, para a nossa Pátria. Este discurso deixará marcas profundas e estragos que demorarão muito tempo a recompor.
O sentido que dou à minha participação neste encontro é o de apelar à recusa completa de qualquer complacência com este discurso de guerra civil, agindo sem sectarismos, sem tibiezas e sem meias tintas, para que não se rompa a solidariedade com os portugueses que sofrem, que estão a perder quase tudo, para que a democracia, tão fragilizada pela nossa perda de soberania e pela ruptura entre governantes e governados, não corra riscos maiores.
Precisamos de ajudar a restaurar na vida pública um sentido de decência que nos una e mobilize. Na verdade, não é preciso ir muito longe na escolha de termos, nem complicar os programas, nem intenções. Os portugueses sabem muito bem o que isso significa. A decência basta.
O ovo da serpente
Um texto que merece ser lido... Sobre a 'Função Pública', sobre as medidas de austeridade não chegarem a todos, ainda sobre (não) ser cidadãos.
"Numa passagem mais descuidada da sua comunicação[Passos Coelho], terá até dito que tais medidas de austeridade não têm consequências directas para os "cidadãos" (sic) porque as medidas estão direccionadas para os trabalhadores do Estado".
O ovo da Serpente, Jornal I, por João Pedro Marques (28-05-2013).
Pode ser acedido aqui.
"Numa passagem mais descuidada da sua comunicação[Passos Coelho], terá até dito que tais medidas de austeridade não têm consequências directas para os "cidadãos" (sic) porque as medidas estão direccionadas para os trabalhadores do Estado".
O ovo da Serpente, Jornal I, por João Pedro Marques (28-05-2013).
Pode ser acedido aqui.
Conversa no Palácio de Belém...
Fonte Desconhecida, para a coleção de anedotas inofensivas.
Conversa desta manhã no Palácio de Belém (sem ofensas, nem à pessoa, muito menos à Instituição que representa... Se devia representar doutra forma, isso é outra história):
Maria: Oh Aníbal, já leste os jornais?
Aníbal: Li.
Maria: Leste a entrevista ao Sousa Tavares?
Aníbal: Oh Maria o Sousa Tavares já morreu.
Maria: O filho…!
Aníbal: Mas o nosso filho deu uma entrevista?
Maria: Não! O filho do Sousa Tavares que morreu.
Aníbal: Morreu o filho do Sousa Tavares? Temos que mandar flores.
Maria: Foda-se Aníbal, vê se me entendes: O Miguel Sousa Tavares, filho do Sousa Tavares que morreu, deu uma entrevista!
Aníbal: Ah! Aquele que é jornalista!
Maria: Sim, e advogado.
Aníbal: Nunca gostei de advogados… e muito menos de jornalistas. Desse Sousa Tavares não se aproveita nada!
Maria: Sim, ok! Foi esse que deu a entrevista.
Aníbal: É interessante a entrevista?
Maria: Então tu não leste?
Aníbal: Ando aqui às voltas com o jornal que deve ser de ontem.
Maria: Qual jornal?
Aníbal: O "Tal e Qual".
Maria: Mas esse jornal fechou há uma série de anos…
Aníbal: Foi? Bem que me estava a parecer estranho o Joaquim Letria estar tão bem conservado…
Maria: Não há paciência, Aníbal! Presta atenção. O Sousa Tavares chamou-te palhaço!
Aníbal: Foi? Que mal educado.
Maria: É só isso que tens para dizer? Não vais fazer nada?
Aníbal: Vou! Tenho o número de casa do pai. Vou-lhe dizer para ver se põe o filho na ordem….
Maria: Mas o Sousa Tavares já morreu.
Aníbal: Mau, Mau! Então como é que deu a entrevista?
Maria: Puta que pariu esta merda. Para o que estava guardada…
Aníbal: Não precisas de te chatear. Se não conseguimos falar com o pai, falamos com a mãe… Conheces a Senhora?
Maria: Oh Aníbal, desce a terra. A mãe morreu há montes de anos!
Aníbal: Não estava a falar da tua mãe!
Maria: Nem eu, foda-se! Estava a falar da mãe do Sousa Tavares, da Sophia de Mello Breyner.
Aníbal: Sim. Essa mesmo. Temos o número?
Maria: Foda-se, a mulher morreu! Percebes?
Aníbal: Mais flores? Não temos dinheiro para isto…
Maria: Esquece!
Aníbal: Então e um tio dele?
Maria: Um tio? Qual tio?
Aníbal: Por exemplo, aquele que é actor! O Sr. Contente!
Maria: O Nicolau Breyner?
Aníbal: Esse mesmo. Temos o número dele?
Maria: Mas por alma de quem é que vais ligar ao Nicolau Breyner?
Aníbal: Para lhe fazer queixa do sobrinho.
Maria: Mas o Sousa Tavares não é sobrinho do Nicolau Breyner! De onde te saiu essa ideia?
Aníbal: Tem o apelido da mãe, mas foste tu que falaste nele…
Maria: Pois! Tu também tens o mesmo apelido da Ivone Silva e ela não era tua tia, pois não?
Aníbal: Quem é essa? Não estou a ver.
Maria: Não estás ver e não vais ver porque também já morreu.
Aníbal: Foda-se, mas o que é que se passa hoje? É só mortos!
Maria: E eu devo ir a seguir…
Aníbal: Não digas isso. É pecado.
Maria: Pecado é ter que te aturar, meu Palhaço. Ooops! Esquece a entrevista!
Autor desconhecido.
Conversa desta manhã no Palácio de Belém (sem ofensas, nem à pessoa, muito menos à Instituição que representa... Se devia representar doutra forma, isso é outra história):
Maria: Oh Aníbal, já leste os jornais?
Aníbal: Li.
Maria: Leste a entrevista ao Sousa Tavares?
Aníbal: Oh Maria o Sousa Tavares já morreu.
Maria: O filho…!
Aníbal: Mas o nosso filho deu uma entrevista?
Maria: Não! O filho do Sousa Tavares que morreu.
Aníbal: Morreu o filho do Sousa Tavares? Temos que mandar flores.
Maria: Foda-se Aníbal, vê se me entendes: O Miguel Sousa Tavares, filho do Sousa Tavares que morreu, deu uma entrevista!
Aníbal: Ah! Aquele que é jornalista!
Maria: Sim, e advogado.
Aníbal: Nunca gostei de advogados… e muito menos de jornalistas. Desse Sousa Tavares não se aproveita nada!
Maria: Sim, ok! Foi esse que deu a entrevista.
Aníbal: É interessante a entrevista?
Maria: Então tu não leste?
Aníbal: Ando aqui às voltas com o jornal que deve ser de ontem.
Maria: Qual jornal?
Aníbal: O "Tal e Qual".
Maria: Mas esse jornal fechou há uma série de anos…
Aníbal: Foi? Bem que me estava a parecer estranho o Joaquim Letria estar tão bem conservado…
Maria: Não há paciência, Aníbal! Presta atenção. O Sousa Tavares chamou-te palhaço!
Aníbal: Foi? Que mal educado.
Maria: É só isso que tens para dizer? Não vais fazer nada?
Aníbal: Vou! Tenho o número de casa do pai. Vou-lhe dizer para ver se põe o filho na ordem….
Maria: Mas o Sousa Tavares já morreu.
Aníbal: Mau, Mau! Então como é que deu a entrevista?
Maria: Puta que pariu esta merda. Para o que estava guardada…
Aníbal: Não precisas de te chatear. Se não conseguimos falar com o pai, falamos com a mãe… Conheces a Senhora?
Maria: Oh Aníbal, desce a terra. A mãe morreu há montes de anos!
Aníbal: Não estava a falar da tua mãe!
Maria: Nem eu, foda-se! Estava a falar da mãe do Sousa Tavares, da Sophia de Mello Breyner.
Aníbal: Sim. Essa mesmo. Temos o número?
Maria: Foda-se, a mulher morreu! Percebes?
Aníbal: Mais flores? Não temos dinheiro para isto…
Maria: Esquece!
Aníbal: Então e um tio dele?
Maria: Um tio? Qual tio?
Aníbal: Por exemplo, aquele que é actor! O Sr. Contente!
Maria: O Nicolau Breyner?
Aníbal: Esse mesmo. Temos o número dele?
Maria: Mas por alma de quem é que vais ligar ao Nicolau Breyner?
Aníbal: Para lhe fazer queixa do sobrinho.
Maria: Mas o Sousa Tavares não é sobrinho do Nicolau Breyner! De onde te saiu essa ideia?
Aníbal: Tem o apelido da mãe, mas foste tu que falaste nele…
Maria: Pois! Tu também tens o mesmo apelido da Ivone Silva e ela não era tua tia, pois não?
Aníbal: Quem é essa? Não estou a ver.
Maria: Não estás ver e não vais ver porque também já morreu.
Aníbal: Foda-se, mas o que é que se passa hoje? É só mortos!
Maria: E eu devo ir a seguir…
Aníbal: Não digas isso. É pecado.
Maria: Pecado é ter que te aturar, meu Palhaço. Ooops! Esquece a entrevista!
Autor desconhecido.
domingo, maio 12, 2013
Mãe!
Lembrei-me. A minha Mãe; a Mãe que todos temos.
Uma semana depois do dia da Mãe. Festejar, entre família, o aniversário também de uma Mãe. A Mãe da Lena, a avó materna das minhas filhas.
Sossego é a palavra escolhida por MEC e eu subscrevo; preciso de sossego.
Nota: A propósito, uma foto, mais recente dos meus pais (12-11-2015), no dia do aniversário da Beatriz.
Uma semana depois do dia da Mãe. Festejar, entre família, o aniversário também de uma Mãe. A Mãe da Lena, a avó materna das minhas filhas.
Sossego é a palavra escolhida por MEC e eu subscrevo; preciso de sossego.
Nota: A propósito, uma foto, mais recente dos meus pais (12-11-2015), no dia do aniversário da Beatriz.
domingo, maio 05, 2013
As crianças mais felizes do mundo...
... são as Holandesas, segundo um novo relatório da responsabilidade da UNICEF.
Aqui! --» Child well-being in rich countries - A comparative overview (Abril 2013)
Na UNICEF --» Report Card 11 released by UNICEF charts the well-being of children in 29 rich countries
Notícia em inglês sobre o assunto --» Dutch Kids Ranked Happiest in the World
Posted on Apr 10, 2013 in News, Popular - Dutch Daily News, http://www.dutchdailynews.com/
Aqui! --» Child well-being in rich countries - A comparative overview (Abril 2013)
Na UNICEF --» Report Card 11 released by UNICEF charts the well-being of children in 29 rich countries
Notícia em inglês sobre o assunto --» Dutch Kids Ranked Happiest in the World
Posted on Apr 10, 2013 in News, Popular - Dutch Daily News, http://www.dutchdailynews.com/
Dutch children are the happiest in the world, according to a new report released by UNICEF.
The Netherlands, along with four Nordic countries – Finland, Iceland, Norway and Sweden – top a United Nations report released today, which ranks children’s well-being in 29 industrialized countries, while Greece, Italy, Portugal and Spain are at the bottom.
The Child Well-Being in Rich Countries: A Comparative Overview, the second report of this kind done by UNICEF, covers children up to age 19. The first one was released in 2007 and looked at a variety of indicators in areas ranging from health to education using data from 2000 to 2003. The 2013 report looks at figures from 2009 to 2010.
The study measures development according to five dimensions of children’s lives – material well-being, health and safety, education, behaviour and risks, and housing and environment.
The Netherlands retains its position as the clear leader and is the only country ranked among the top five countries in all dimensions of child well-being.
The Netherlands is also the clear leader when well-being is evaluated by children themselves – with 95% of its children rating their own lives above the mid- point of the Life Satisfaction Scale according to Unicef.
This is the second time Dutch children ranked happiest in the world. A previous study by UN Children UNICEF carried out in 2007, Dutch kids also ranked the happiest of all children in the world.
The Netherlands, Slovenia and Switzerland have the lowest rates of teenage births (below 5 per 1,000). The Netherlands has also a good ranking in the percentage of children who eat breakfast every day which exceed 80%.
Top 10 rankings of well-being of children in developed countries
1 Netherlands; 2 Norway; 3 Iceland; 4 Finland; 5 Sweden; 6 Germany; 7 Luxembourg; 8 Switzerland; 9 Belgium; 10 Ireland
1 Netherlands; 2 Norway; 3 Iceland; 4 Finland; 5 Sweden; 6 Germany; 7 Luxembourg; 8 Switzerland; 9 Belgium; 10 Ireland
UNICEF says that it is important to hear what matters to children, and to do this in a more systematic way. “Children’s voices even at a very young age are vital,” said Mr. Alexander. According to him, “Governments need to guide policies in a way that will safeguard the long-term futures of their children and economies. This has never been more urgent than in today’s climate.”
bê-á-bá da fotografia - by Canon
Um site onde se pode experimentar 'tirar' fotografias.
Três fatores básicos onde se pode "mexer": abertura, velocidade e sensibilidade (ISO).
Vejam neste link --» Canon explains exposure
Três fatores básicos onde se pode "mexer": abertura, velocidade e sensibilidade (ISO).
Vejam neste link --» Canon explains exposure
Crise económica en Portugal - Reporteiros (CRTVG)
A crise económica em Portugal vista pelos nossos amigos Galegos.
Reporteiros --> aqui 27-04-2013
A partir de 13:33 mns / 25:37 mns
Reporteiros --> aqui 27-04-2013
A partir de 13:33 mns / 25:37 mns
domingo, abril 07, 2013
LaSexta.com - Salvados "Cuestión de Educación" | Educação na Finlânida
Entre outros aspetos muito interessantes, a educação na Finlândia, tantas vezes referida sem se saber de que se fala...
Cuestión de Educación - Fevereiro de 2013 (outro link)
Link alternativo - temporada 6 - Cuestión de Educación
Disponível no Youtube (Faça uma utilização do conteúdo por sua conta e risco, uma vez que o conteúdo no site oficial é restrito a utilizadores registados). link aqui!
Cuestión de Educación - Fevereiro de 2013 (outro link)
Link alternativo - temporada 6 - Cuestión de Educación
Disponível no Youtube (Faça uma utilização do conteúdo por sua conta e risco, uma vez que o conteúdo no site oficial é restrito a utilizadores registados). link aqui!
Raquel Varela, historiadora...
Algumas falácias do discursos político.
- Raquel Varela, no "Inferno" (Canal Q)
- Raquel Varela, no "Ideias em Estante" (Canal Económico)
- Raquel Varela, no "Inferno" (Canal Q)
- Raquel Varela, no "Ideias em Estante" (Canal Económico)
terça-feira, março 19, 2013
Episódios - antes dos 6/7 anos (1)
– Não guardo do período anterior aos 5/6 anos nenhuma
recordação ou memória visual que me tivesse marcado profundamente ao ponto de agora
ser capaz de a explicitar.
– Apenas recordo uma fotografia a preto e branco, por ser o
único registo físico de infância, onde teria talvez 2 anos. Era a primeira
comunhão, salvo erro, do meu irmão Tóju. Estávamos todos (os meus pais e os
meus quatro irmãos mais velhos) em frente da Igreja de Esporões, ainda com andaimes,
presumo numa fase terminal de construção.
– Recordo também uma outra fotografia tirada com a minha irmã
Paula. Teria talvez 5/6 anos. Tenho uma vaga ideia, talvez mais construída
pelos comentários que os meus pais fazem acerca da mesma, da relutância da
minha irmã aceitar tirar essa fotografia e isso está bem representado na
expressão facial de birra e de zanga que se consegue observar[1].
– Por volta dos dois anos os meus pais construíram uma casa
nova. Fizeram, pelo que sei, com um empréstimo, na altura, da recém criada
Caixa de Previdência. Acho que ficou orçamentada em 115 contos (moeda antiga).
Segundo relato do meu pai, havia um segundo projecto orçamentado para cento e
muitos contos (talvez 150/160), com óbvias melhorias nas condições da
habitação, que foi declinado por considerar muito caro, pois já pensava que
seria muito difícil cumprir com as exigências do projecto aprovado.
– Não me recordo da casa anterior, embora fosse muito perto da
nova casa. Essa casa antiga era alugada. Nunca perguntei se foi aquela a
primeira casa de casados dos meus pais!
– Não guardo recordações dessa primeira casa onde vivi até aos
dois primeiros anos. Contudo, a minha mãe conta dois episódios que a marcaram
muito e que me envolveram directamente. Primeiro, uma queda numas escadas
quando estava a andar de triciclo num pátio a céu aberto que ficava no acesso à
porta de entrada da casa. Diz a minha mãe que contei as escadas completamente
“embrulhado” no triciclo. Apanhou um susto enorme e ficou muito surpreendida
por eu não ter sequer um arranhão. Costumava haver uma protecção de madeira no
início dessas escadas, mas naquele dia, por qualquer motivo, tinha sido
retirada do lugar. Segundo, um enorme tremor de terra durante uma noite (talvez
em 1969). Todos saíram de casa a correr. Na confusão fui “esquecido” no verso.
A minha mãe diz que voltou para trás a correr para me apanhar.
[1] Tive, neste momento, um
forte impulso de procurar as minhas poucas referências fotográficas de infância
e adolescência que guardo. Ainda que tentado, decidi não fazer e continuar a
escrever o texto só com a ajuda da memória.
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