Nota: Já agora, a linguagem que está a ser utilizada é mesmo muito forte, mesmo extremada, nada adequada, muito pouco tolerante e só pode ter consequências.
A brincadeira não pode ser de bom gosto, certamente pela gravidade da questão, mas quase apetece dizer que se esqueceram disto!
Já agora podiam continuar e fazer uma compilação multicolorida (tudo no mesmo saco; as cores são para enganar):
CARTAZ da JSD - Toda a notícia aqui
Cartaz da JSD falha alvo e compara Governo de Passos e Portas ao nazismo
A ideia não era de todo essa, mas sim atacar a união da esquerda com a pergunta “Foi isto que votou?”. Só que jovens sociais-democratas usaram uma imagem histórica de fundo de quando a União Soviética derrotou... o nazismo
O Twitter não perdoa e há já uma enxurrada de críticas ao mais recente cartaz da Juventude Social Democrata. E para lá da politiquice, o que está em causa é mesmo uma lição de história aparentemente mal aprendida.
A ideia da JSD com a pergunta “Foi nisto que votou?” era causar indignação com a “coligação negativa” da esquerda que derrubou o Governo de Passos e Portas, como pode ver-se na imagem em cima.
No entanto, quem reparar bem, há uma imagem de fundo, atrás de Jerónimo de Sousa, onde se vê a bandeira vermelha com a foice e o martelo sobre o Reichstag. É uma das imagens icónicas do século XX. Cá está ela:
Representa a tomada de Berlim pela URSS, ou seja, a queda simbólica do... nazismo. Estávamos em 1945. Dias depois, a Alemanha rendeu-se e com isso terminou a II Guerra Mundial.
O cartaz acaba, por isso, por poder suscitar a interpretação de que a esquerda 'radical' chegou para derrubar o 'nazismo' de Passos e Portas. E, vindo da JSD, presume-se que não era de todo essa a ideia.
O cartaz acaba, por isso, por poder suscitar a interpretação de que a esquerda 'radical' chegou para derrubar o 'nazismo' de Passos e Portas. E, vindo da JSD, presume-se que não era de todo essa a ideia.
No Twitter, a questão está a gerar polémica, gerando uma série de comentários a insinuar isto mesmo. Para além da "ignorância histórica" de que são acusados, há outras críticas. E, como de costume naquela rede, algumas carregadas de humor.
As críticas estendem-se ao Facebook, onde o cartaz foi publicado pela própria JSD.