Para desactivar, por uns tempos, o que realmente nunca devia ter sido acordado, tenho que dizer STOP. Com pena, mas com a consciência que é a única solução antes que não consiga libertar-me. Até uma próxima oportunidade, sem mais explicações, em função de decisões tomadas este domingo que passou! O 'Blog de testes', recentemente rebaptizado de 'Drafts', volta ao seu estado original - hibernação... até dias melhores.
Para mais tarde activar ou de esquissos de geração espontânea... sobre tudo e sobre nada.
segunda-feira, abril 12, 2010
sábado, abril 10, 2010
Ø | Músicas da minha preferência, 003, Pedro Abrunhosa
Em português! Sim, porque de há uns tempos para cá, dou mais atenção à música com palavras em português. Talvez porque, para além da qualidade dos intérpretes e das peças musicais, o português tem subtilezas que o inglês nem sempre me deixa absorver naquele instante em que se fundem numa obra de arte, quando a música dá prazer. Pedro Abrunhosa e a "Balada de Gisberta"... porque gosto!
Também cantada por Maria Bethania.
Pedro Abrunhosa e a "Balada de Gisberta"
Maria Bethania e a "Balada de Gisberta"
Também cantada por Maria Bethania.
Pedro Abrunhosa e a "Balada de Gisberta"
Maria Bethania e a "Balada de Gisberta"
Prenda do Menino Jesus
Um post dedicado à minha filha mais velha Rita. Nestes dias que passam estou cada vez menos católico. Zango-me mesmo; 'passo-me dos carretos'. Mas vivo num conflito (entre muitos outros). A Rita tem a sua educação religiosa por vontade expressa da mãe e anuência tácita da minha parte.
Há tempos a Rita andava com um papel na mão (meia folha A4). A tarefa era ‘decorar’ uns versos cujo título dizia assim: “A última prenda do Menino Jesus”.
Tanto para dizer… Interessa-me a compreensão/interpretação do texto; a fluência, o ritmo, a expressividade da leitura; a destreza mental do soletrar ritmado das palavras; os valores que se podem explicar, trabalhar, partilhar.
Numa época em que tudo têm e pouco valorizam; em tempos que eu próprio tenho (imensa) dificuldade em focalizar-me onde realmente devia-me interessar… Upps, acho que tropecei! É melhor não olhar para trás, não sou capaz deste exercício de com as palavras dizer porque fico prostrado... Talvez porque não encontro respostas; talvez porque não as quero assumir... Como gostaria que tudo fosse simples, claro, transparente.
Eis os versos:
O Menino Jesus, já cansadinho
De tanto andar por cima dos telhados,
Descalçou os sapatos
– Eram novos – e pô-los no caminho.
Nisto sentiu ruído ali pertinho…
Trepou a chaminé com mil cuidados,
E que viu? – Dois tamancos esburacados
E, ao pé deles, rezando, um petizinho.
O Menino Jesus que faz então?
Sem ter nenhum brinquedo ali à mão,
Desses que tanto agradam aos garotos,
Troca os sapatos pelos do petiz,
E depois vai ao Céu mostrar, feliz,
À virgem Mãe os sapatinhos rotos…
(Adolfo Simões Müller)
Há tempos a Rita andava com um papel na mão (meia folha A4). A tarefa era ‘decorar’ uns versos cujo título dizia assim: “A última prenda do Menino Jesus”.
Tanto para dizer… Interessa-me a compreensão/interpretação do texto; a fluência, o ritmo, a expressividade da leitura; a destreza mental do soletrar ritmado das palavras; os valores que se podem explicar, trabalhar, partilhar.
Numa época em que tudo têm e pouco valorizam; em tempos que eu próprio tenho (imensa) dificuldade em focalizar-me onde realmente devia-me interessar… Upps, acho que tropecei! É melhor não olhar para trás, não sou capaz deste exercício de com as palavras dizer porque fico prostrado... Talvez porque não encontro respostas; talvez porque não as quero assumir... Como gostaria que tudo fosse simples, claro, transparente.
Eis os versos:
O Menino Jesus, já cansadinho
De tanto andar por cima dos telhados,
Descalçou os sapatos
– Eram novos – e pô-los no caminho.
Nisto sentiu ruído ali pertinho…
Trepou a chaminé com mil cuidados,
E que viu? – Dois tamancos esburacados
E, ao pé deles, rezando, um petizinho.
O Menino Jesus que faz então?
Sem ter nenhum brinquedo ali à mão,
Desses que tanto agradam aos garotos,
Troca os sapatos pelos do petiz,
E depois vai ao Céu mostrar, feliz,
À virgem Mãe os sapatinhos rotos…
(Adolfo Simões Müller)
quinta-feira, abril 08, 2010
Ø | Músicas da minha preferência, 002, Peter Gabriel
De Peter Gabriel seria sempre difícil escolher 'uma'. "Don't give up" porque sim e porque tem Kate Bush.
"Don´t give up" - Peter Gabriel
In this proud land we grew up strong | We were wanted all along
I was taught to fight, taught to win | I never thought I could fail
No fight left or so it seems | I am a man whose dreams have all deserted
I've changed my face, I've changed my name | But no one wants you when you lose
I've changed my face, I've changed my name | But no one wants you when you lose
Don't give up | 'cos you have friends
Don't give up | You're not beaten yet
Don't give up | I know you can make it good
Don't give up | You're not beaten yet
Don't give up | I know you can make it good
Though I saw it all around | Never thought I could be affected
Thought that we'd be the last to go | It is so strange the way things turn
Drove the night toward my home | The place that I was born, on the lakeside
As daylight broke, I saw the earth | The trees had burned down to the ground
As daylight broke, I saw the earth | The trees had burned down to the ground
Don't give up | You still have us
Don't give up | We don't need much of anything
Don't give up | 'cause somewhere there's a place | Where we belong
Don't give up | We don't need much of anything
Don't give up | 'cause somewhere there's a place | Where we belong
Rest your head | You worry too much | It's going to be al-right
When times get rough | You can fall back on us
Don't give up | Please don't give up
'Got to walk out of here | I can't take any-more
Going to stand on that bridge | Keep my eyes down below
Whatever may come | And whatever may go
That river's flowing | That river's flowing
Going to stand on that bridge | Keep my eyes down below
Whatever may come | And whatever may go
That river's flowing | That river's flowing
Moved on to another town | Tried hard to settle down
For every job, so many men | So many men no-one needs
Don't give up | 'Cause you have friends
Don't give up | You're not the only one
Don't give up | No reason to be ashamed
Don't give up | You still have us
Don't give up now | We're proud of who you are
Don't give up | You know it's never been easy
Don't give up | 'Cause I believe there's the a place | There's a place where we belong
Don't give up | You're not the only one
Don't give up | No reason to be ashamed
Don't give up | You still have us
Don't give up now | We're proud of who you are
Don't give up | You know it's never been easy
Don't give up | 'Cause I believe there's the a place | There's a place where we belong
Comuna ou vidente?
-->"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado." Karl Marx, in Das Kapital, 1867
Nas sociedades modernas ocidentais o capitalismo acabou com práticas ditas ‘comunistas’, mas não com o seu ideário que, pelos vistos, não podia estar mais actual (ver frase acima). Não me satisfaz propriamente pensar que os resultados da ex-URSS não se podem confundir com o modelo social que diziam seguir; mas arrepia-me pensar que os resultados que hoje em dia vemos nas sociedades modernas, e nos assustam enormemente, não deixam de ser fruto do verdadeiro capitalismo. Agora clamam por intervencionismo do Estado como regulador do mercado (leia-se proteccionista da irresponsabilidade criminosa de um punhado de gente que vai continuar impune e escandalosamente rica). Para a ex-URSS vaticinava-se (com laivos de religiosidade) a libertação do povo escandalosamente controlado por um Estado castrador de direitos e garantias (leia-se um grupo de mãos criminosas, que fazia do medo e dos silêncios, o privilégio de viver impune e escandalosamente rica). Ironia do destino ou um jogo de ‘descubra as diferenças’? Do outro lado do mundo impuseram a ilusão durante um tempo que o comunismo cuidava melhor da economia. Deste lado do mundo venderam-nos a ilusão durante um tempo que era possível viver melhor. Certo é que, tanto de um lado como do outro, ninguém esteve propriamente interessado nas pessoas…
Bla, bla, bla … Segue um vídeo bem a propósito com o humor dos 'Contemporâneos' ('Salvem os ricos'):
Nas sociedades modernas ocidentais o capitalismo acabou com práticas ditas ‘comunistas’, mas não com o seu ideário que, pelos vistos, não podia estar mais actual (ver frase acima). Não me satisfaz propriamente pensar que os resultados da ex-URSS não se podem confundir com o modelo social que diziam seguir; mas arrepia-me pensar que os resultados que hoje em dia vemos nas sociedades modernas, e nos assustam enormemente, não deixam de ser fruto do verdadeiro capitalismo. Agora clamam por intervencionismo do Estado como regulador do mercado (leia-se proteccionista da irresponsabilidade criminosa de um punhado de gente que vai continuar impune e escandalosamente rica). Para a ex-URSS vaticinava-se (com laivos de religiosidade) a libertação do povo escandalosamente controlado por um Estado castrador de direitos e garantias (leia-se um grupo de mãos criminosas, que fazia do medo e dos silêncios, o privilégio de viver impune e escandalosamente rica). Ironia do destino ou um jogo de ‘descubra as diferenças’? Do outro lado do mundo impuseram a ilusão durante um tempo que o comunismo cuidava melhor da economia. Deste lado do mundo venderam-nos a ilusão durante um tempo que era possível viver melhor. Certo é que, tanto de um lado como do outro, ninguém esteve propriamente interessado nas pessoas…
Bla, bla, bla … Segue um vídeo bem a propósito com o humor dos 'Contemporâneos' ('Salvem os ricos'):
quarta-feira, abril 07, 2010
Quem favorece a decisão do CJ da FPF?
Falo do castigo imposto e mantido ao jogador do Braga, Vandinho, bem entendido, porque do caso "túnel da Luz" estou farto da história, embora os bem entendidos da praça já diziam qual seria o seu desfecho, o que indicia condutas de acção disciplinar no mínimo suspeitas ou, se quiserem, muito polémicas. Se a decisão do CJ de manter o castigo a Vandinho favorece o Porto na disputa do 2.º lugar? Se a despenalização de Hulk vai no mesmo sentido? Questionaram-me, do lado benfiquista, em tom de provocação. Respondi:
Depende do ponto de vista, seja adepto do Porto, ou do Benfica! Agora, para os Braguistas, beneficiou os 2 concorrentes directos do Braga, deste ano!
O facto é que, para o Braga, o castigo do Vandinho serviu os interesses do Benfica (e pode-se dizer do Porto, mas este esteve sempre uns pontos atrás), durante o tempo em que o Braga mostrou-se, de forma surpreendente, uma ameaça, no sentido em que liderou grande parte da liga, a praticar, a espaços bom futebol e sobretudo com uma defesa intransponível, o seu alicerce maior, onde Vandinho era peça fundamental. E a forma como foi tratado todo este processo ainda o torna mais gravoso.
Agora, pode-se dizer que serve os interesses do Porto (mas também do Benfica, porque também acredito que vai perder pontos), porque estando o Braga debilitado, como já expliquei, será muito difícil manter os resultados até final da época. Como adepto do Braga, acredito que será possível. Se isso vai acontecer, tenho as minhas dúvidas, tanto pela fragilidade da equipa, como pelos jogos de bastidores que serão, certamente, muitos!
Mais uma vez, em conclusão, o Braga (para além das queixas legítimas do Porto), é o principal prejudicado, em função da disparidade dos recursos que tem disponível para suprimir, chamemos-lhes, "imponderáveis" desta natureza. É o principal prejudicado em função do tratamento desigual e desproporcionado quer do foro disciplinar, quer das condutas manifestadas pelos jogadores. É, sobretudo, o Braga porque esta decisão desmorona uma dinâmica táctica e de grupo vencedora, que noutras circunstâncias (por lesão ou baixa de forma) não teria certamente as mesmas consequências!
Se no caso do Porto servem os números para desmentir a tese que a falta do Hulk foi decisiva (não é assim que se pondera a ausência de um jogador, de mais uma opção válida, no rendimento colectivo de uma equipa!), sem fazer uso exacto desses mesmos números, estes podem mostrar à evidência que o rendimento do Braga nunca mais foi o mesmo (sobretudo, ao nível da segurança defensiva, mas não só), como já tive ocasião de explicar noutros escritos.
Assim, comparam-se comportamentos de Ney e Mossoró (sempre reprováveis) aos de Hulk e Sapunaru e corrobora-se a tese de comportamento "criminoso" de Vandinho, onde manifestamente não há NADA de concreto e de matéria de facto a apontar, a não ser para o CD da Liga, que a mando de um adjunto instrumentalizado se fez passar por "ofendido", para aniquilar uma dinâmica de uma equipa que estava a perturbar uma estratégia e um caminho vitorioso desde há muito pré-determinado.
Se no caso do Porto servem os números para desmentir a tese que a falta do Hulk foi decisiva (não é assim que se pondera a ausência de um jogador, de mais uma opção válida, no rendimento colectivo de uma equipa!), sem fazer uso exacto desses mesmos números, estes podem mostrar à evidência que o rendimento do Braga nunca mais foi o mesmo (sobretudo, ao nível da segurança defensiva, mas não só), como já tive ocasião de explicar noutros escritos.
Assim, comparam-se comportamentos de Ney e Mossoró (sempre reprováveis) aos de Hulk e Sapunaru e corrobora-se a tese de comportamento "criminoso" de Vandinho, onde manifestamente não há NADA de concreto e de matéria de facto a apontar, a não ser para o CD da Liga, que a mando de um adjunto instrumentalizado se fez passar por "ofendido", para aniquilar uma dinâmica de uma equipa que estava a perturbar uma estratégia e um caminho vitorioso desde há muito pré-determinado.
Esta leitura, que é transparente e fundamentada (modéstia à parte), não a vejo a ser tratada com seriedade na imprensa e nos meios audiovisuais, pelo simples facto de que o Braga é um outsider que não vende nem alimenta paixões ou polémicas. Embora, mais uma vez digo, os benfiquistas, genericamente, têm-se portado muito mal com o Braga, porque quando o pressentiu como uma ameaça ou concorrente (como se queira) passou a tratá-lo como inimigo de estimação, tal e qual o ódio que têm pelo Porto. Ora isso era escusado e foi despropositado.
Assim se podiam fazer umas crónicas da bola um pouco mais justas e serenas, mas não é isso que o povo quer; quer ver sangue e está tudo dito.
Nota: escrito, noutro espaço, antes do jogo Braga-Guimarães.
Etiquetas:
conselho de justiça,
conselho disciplinar,
Vandidnho
Ø | Músicas da minha preferência, 001, Nick Cave
I don't believe in an interventionist God | But I know, darling, that you do
But if I did I would kneel down and ask Him | Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head | To leave you as you are
And if He felt He had to direct you | Then direct you into my arms
But if I did I would kneel down and ask Him | Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head | To leave you as you are
And if He felt He had to direct you | Then direct you into my arms
Into my arms, O Lord | Into my arms, O Lord | Into my arms, O Lord | Into my arms
And I don't believe in the existence of angels | But looking at you I wonder if that's true
But if I did I would summon them together | And ask them to watch over you
To each burn a candle for you | To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love | And guide you into my arms
But if I did I would summon them together | And ask them to watch over you
To each burn a candle for you | To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love | And guide you into my arms
Into my arms, O Lord | Into my arms, O Lord | Into my arms, O Lord | Into my arms
And I believe in Love | And I know that you do too
And I believe in some kind of path | That we can walk down, me and you
So keep your candlew burning | And make her journey bright and pure
That she will keep returning | Always and evermore
And I believe in some kind of path | That we can walk down, me and you
So keep your candlew burning | And make her journey bright and pure
That she will keep returning | Always and evermore
Into my arms, O Lord | Into my arms, O Lord | Into my arms, O Lord |Into my arms
terça-feira, abril 06, 2010
Ω | Mais futebol... com a época a acabar
Não concordo com alianças estratégicas negativas, no sentido em que procuram diminuir ou coarctar o mérito dos outros. Alianças positivas, no sentido de rentabilizar recursos, porque não?
Note-se que o SC Braga durante décadas foi sempre conotado com o Benfica, vendendo jogadores ao desbarato. E o que lucrou com isso? Nada! Pelo contrário, foi sempre tratado como um clube de província que fazia jeito de vez em quando utilizar e para prestar serviços de interesse, em benefício exclusivamente do Benfica. Repare-se, que daí vem a fama (de meu ponto de vista, actualmente, mais a fama que o proveito, mas isso é outra história) que a cidade de Braga e arredores (principalmente isto!) está cheia de adeptos do Benfica.
Veja-se também o que aconteceu a um clube como o Guimarães – se mérito se podia atribuir-lhe seria a da sua relativa independência – quando tentou aliar-se ao Benfica na procura do seu proveito? Foi usado e abandonado mais tarde. Claro que (mal!) sofreu com a retaliação do Porto! Como o Benfica faz este ano de forma escandalosa com o Braga (sim, porque o castigo do Vandinho está por explicar e faz toda a diferença)!
Por isso, o Benfica também teve e tem práticas que não o isentam de tiques de "grande" e que isso lhe parece que arroga uma superioridade e uma impunidade que já farta o resto do país que não se revê neste maniqueísmo.
No fundo, trata-se de um guerra, sem regras, pelo poder no futebol deste país, ao contrário do que se tenta dizer agora no Benfica para parecer bem. Não se iludam da inocência dos dirigentes do Benfica. Se mais cedo não conseguiram chegar lá não foi por falta de vontade, foi porque a estrutura (polvo) do Porto foi mais capaz.
Claro que ter uma boa equipa ajuda muito. Isso aconteceu durante alguns anos com o Porto, de forma inegável. Está a acontecer isso este ano com o Benfica. Isso é que custa muito aos Portistas e ao Sr. PC. Até porque a novela do Jesus ir ou não para o Benfica deve-se às dúvidas que o PC teve em dar guia de marcha a Jesualdo e ficar com o Jesus, ou não sabiam disto? Nesta altura o PC deve estar doente com a decisão que tomou! Por Braga esta história é mais que conhecida; daí aquelas dificuldades todas. O Salvador bem alertou o PC para os méritos do Jorge Jesus.
O que me repugna é tentarem diferenciar-se das práticas do FCP, dizendo-se paladinos da verdade e dos processos transparentes quando as veja com clareza nos outros clubes e, sobretudo, no Benfica de hoje. Aliás, o Benfica tem um historial de domínio e poder que muito lhe custou perder. E logo com LFV, portista de longa data, com antecedentes criminais e com a escola toda do PC! O problema é que zangaram-se as comadres e trocaram juras de vingança. Pelos vistos, paulatinamente, LFV está a conseguir os seus resultados (não discuto os métodos, porque eles são os mesmos e têm a mesma escola).
Por isso, o futebol português vai continuar a padecer do mesmo, porque a guerra continua em aberto. Talvez estejamos numa fase de mudança ou incerteza porque a superioridade do Porto de décadas este ano está a levar um rombo considerável. Será uma vaga que veio para ficar? Não se iludam os Benfiquistas! O Porto não vai desistir facilmente e preparem-se para embates fortes e aguerridos, a começar pela liderança da Liga e da Federação. Ou não foi isso que esteve na estratégia inicial de mudança do Sr. LFV? Disse-o expressamente.
Não me interpretem mal. Não me move nada em especial contra aquele ou aqueloutro clube (exceptuando o Guimarães por rivalidades regionais). Vejo apenas os mesmos tiques de superioridade, de arrogância que se enquadram nos comportamentos dos ditos clubes grandes, epíteto do qual não querem abdicar, por tudo o que isso representa de serventia e subserviência do poder, dos meios de comunicação social e do mais que nos escapa.
O que se passou de anormal esta temporada (2009-10)? É que o "reinado" do Porto tem muitos anos. Mas aí o Benfica deu tiros nos pés com presidentes e direcções totalmente disparatadas: Damásio, Vale e Azevedo, Vilarinho, ..., das quais o Porto agradeceu para manter "tranquilamente" a sua supremacia dentro e fora do campo.
Qual o mérito do Benfica actual? É que além de se mover bem nos meandros das decisões disciplinares e administrativas do futebol, construiu uma boa equipa e, sobretudo, acertou no treinador. Pode ser má pessoa, como já deu provas disso, mas é um excelente treinador, como nós sabemos aqui em Braga. Aliás, tudo ao contrário do Jesualdo Ferreira, que até pode ser bom treinador mas é mole como pessoa. Por isso nunca deu nada no Benfica, se acobardou em Braga, há cinco anos atrás, quando também estivemos perto de chegar ao título. Porquê o sucesso dele no Porto? Porque para além dos seus méritos de treinador, tinha uma excelente equipa e o Porto controlava a Liga, para quando fosse necessário!
É esta a "verdade" do nosso futebol! Por isso, dizem que quem tem melhor equipa dentro do campo, mais coisa menos coisa, acaba por vencer quem joga melhor. Mas sabemos que, nem sempre é assim, pois há bolas no poste, penalties que se falham (Cardozo), equipas que surpreendem (o Braga deste ano), ..., e então é preciso tomar precauções (o seguro morreu de velho!).
Em síntese, por isso me custa perceber que as pessoas alinhem com clubes de cidades que não são as deles, que obedecem a lógicas que não querem ver, tudo para ter a alegria das vitórias. Nesta lógica nunca estes clubes terão rivais capazes de quebrar a sua hegemonia. Digladiam-se entre eles e servem-se dos outros conforme os interesses imediatos!
CRIANCINHAS, de Miguel Carvalho
A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.
Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso.. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso.. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.
Texto original em "a Devida Comédia", por Miguel Carvalho:
Ω | Ao Trio de Ataque, uma exigência
Não falem mais do SC de Braga! Não ousem invocar o nome do clube em vão, tanto mais que as vezes que se referem ao mesmo é, este ano, para falar mal e tratá-lo com falta de respeito que os seus dirigentes, jogadores e adeptos não merecem. Esta missiva é especialmente dirigida ao senhor António-Pedro Vasconcelos, pois as referências que faz são ofensivas e não há ninguém que faça o contraditório. Mesmo as vezes que Marcelo Rebelo de Sousa já esteve no programa, em representação do SC de Braga, embora nutre por ele uma especial simpatia, tenho que dizer que os seus comentários são suaves e politicamente correctos.
Depois em relação ao programa, por favor, não se intitulem de “um debate televisivo sobre o mundo do futebol, moderado por Hugo Gilberto”, pois o que se trata na verdade é de uma discussão cada vez mais estéril de interesses confinados aos clubes da praxe. Continuam dizendo, "semanalmente, ao longo de uma hora e trinta minutos estão em discussão os principais acontecimentos dos jogos". Mas quais jogos? Isto vindo de um canal de serviço público é gravíssimo. Assistir a discussões ridículas nos canais da concorrência, que são privados, é uma questão de linha editorial, com a qual podemos não concordar, mas temos a opção de mudar de canal. Numa estação de serviço público exigimos outro tipo de abordagens onde todos de igual modo se possam rever. Mais escandaloso se trata quando continuam a falar como se um campeonato a três estivesse em causa, ignorando um clube que só está em concorrência directa para o 1.º lugar da Liga Portuguesa de Futebol.
Saudações Desportivas, CS
Depois em relação ao programa, por favor, não se intitulem de “um debate televisivo sobre o mundo do futebol, moderado por Hugo Gilberto”, pois o que se trata na verdade é de uma discussão cada vez mais estéril de interesses confinados aos clubes da praxe. Continuam dizendo, "semanalmente, ao longo de uma hora e trinta minutos estão em discussão os principais acontecimentos dos jogos". Mas quais jogos? Isto vindo de um canal de serviço público é gravíssimo. Assistir a discussões ridículas nos canais da concorrência, que são privados, é uma questão de linha editorial, com a qual podemos não concordar, mas temos a opção de mudar de canal. Numa estação de serviço público exigimos outro tipo de abordagens onde todos de igual modo se possam rever. Mais escandaloso se trata quando continuam a falar como se um campeonato a três estivesse em causa, ignorando um clube que só está em concorrência directa para o 1.º lugar da Liga Portuguesa de Futebol.
Saudações Desportivas, CS
Ω | Sempre escaldante Braga-Guimarães
Nota: Texto escrito logo após o jogo Braga-Guimarães do dia 02-04-2010.
Tinha prometido que não voltava ao assunto dos futebóis, mas isto já é de mais. Vamos por partes a ver se me faço entender:
- Não me custa admitir que o Braga num computo geral tenha saído beneficiado deste jogo;
- Como bom Braguista, num jogo de longa rivalidade, só teria a dizer que bem que isto sabe;
- Recordo só para Vitorianos distraídos, numa época levados ao colo, o Guimarães ganhou o jogo no Afonso Henriques com Andrés Madrid a tirar a bola de cima da linha de golo e a ser abalroado pelo seu ‘caceteiro-mor’, Flávio Meireles. Não me consta que nessa altura tivessem ficado indignados.
- Até para Benfiquistas preocupados com o pecúlio do Braga, porque do mérito há muito que dizem não o ter (durante toda a época apelidando-o de 'novo Leixões', ofendendo de uma só vez dois clubes honrados e dignos), esquecem o jogo do ano passado, comentado pelo seu actual treinador, onde marcaram o golo em fora-de-jogo, onde houve penaltys a favor que não eram e contra que ficaram por marcar, pois não Luz vale de tudo, excepto uma equipa jogar melhor e ganhar (porque este ano estão a tirar a barriga de misérias, dá jeito fazer tábua rasa de um passado recente).
- Não fui ver o jogo ao estádio por razões profissionais e acompanhei na televisão apenas alguns momentos da 2.ª parte (não tenho por isso uma visão global sobre a qualidade do jogo).
- Depois de tantos comentários ressabiados atirados para o ar de “madalenas ofendidas”, de “virgens puras” e “imaculadas”, quis ver os resumos e as crónicas dos jornais.
Com uma costela Braguista, como é óbvio, segue-se uma crónica o mais isenta possível (de todo impossível contra castos Benfiquistas, Portistas e Vitorianos, e vou explicar porquê). De todos os lances que se fala ou diz-se serem mal ajuizados, considero que só num não há polémica ou margem para dúvidas. Trata-se do último penalty a favor do Braga que não existe. Mas mesmo neste, num assombro tendencioso, outro jogador que não o trapalhão do Renteria, teria aproveitado melhor, e no momento da tentativa do Flávio Meireles esboçar um agarrão teria feito um lindo teatro, à moda de Di Maria ou Saviola, e seria mais um lance para a colecção dos polémicos. Quanto aos outros lances, eis a minha interpretação:
– O caso do penalty assinalado e desdito. É um “não caso”! Em matéria de facto não há penalty. A ter sido marcado seria um escândalo. Não sei como o árbitro deu a mão à palmatória, mas emendou um erro e não vejo mal nisso. Note-se que Moisés ficou sem o cartão amarelo, na sequência da anulação do lance.
– 1.º golo do Guimarães. Pouco falado, mas para mim não tenho dúvidas; é mal validado, pois é precedido de um domínio de bola com o braço. Os jogadores do Braga reclamam e com razão! Podia colocar este lance nos não polémicos, pois a anulação deste lance seria pacífica e não haveria, na sequência, o remate que dá golo. Mas dou de barato que, no mínimo, é um lance polémico.
- 1.º golo, penalty do Braga. Lance muito reclamado pelo Guimarães por dizerem de longe que não existe matéria de facto. Vamos por partes. Há um livre directo com a barreira dentro da área. O jogador do Guimarães desloca-se, saindo da barreira, antes da bola partir e com esse movimento impede-a de chegar à baliza (ninguém sabe se a bola podia ou não entrar na baliza!). Duas atitudes possíveis e previstas pela lei, porque o lance desenrola-se dentro da área: (a) manda repetir o lance e dá amarelo ao jogador do Guimarães; (b) pune o Guimarães com livre directo por mão, penalty por ser dentro da área, pois o jogador sai indevidamente da barreira, sendo da sua inteira responsabilidade as consequências dessa atitude. Para ser coerente comigo mesmo, não havendo uma atitude deliberada para parar a bola com a mão aceitaria que voltasse a marcar o livre com o respectivo amarelo ao jogador do Guimarães. Mas parece (que digam os doutos da bola) ser uma atitude legítima do árbitro considerar que o jogador numa acção ilegal saia da barreira e impeça com a mão a normal progressão da bola em direcção à baliza. Já vi coisa pior!
- 2.º golo, penalty do Braga. Comecemos pelo vermelho ao jogador do Vitória: inquestionável. A tentativa de parar Renteria começa, de facto, fora da área. Como é um lance de eminente golo, a ser marcada a primeira falta seria em benefício do infractor, pois Renteria aguenta a primeira carga. O jogador do Guimarães insiste na falta, pois não conseguiu travar a progressão de Renteria. Esta segunda tentativa começa um metro antes da área e consuma-se sobre e linha e já dentro da área com a queda dos dois jogadores. Ora aqui já não há dúvidas, tem que ser marcada a falta, pois o jogador do Braga é impedido de concluir o lance em perfeitas condições. Como se viu, Renteria ainda consegue rematar, mas em desequilíbrio. A lei é clara, se é dentro da área o penalty tem que ser marcado, mesmo que o lance fosse concluído com êxito. A questão agora passa para a eventualidade da falta ter que ser marcada fora ou dentro da área. Não sou especialista nem profundo conhecedor de leis, mas o que ouço dizer é que nestas circunstâncias a falta marca-se no local onde se consuma o impedimento do jogador de prosseguir a jogada nas condições de a concluir. Ora isso já acontece dentro da área porque o jogador do Guimarães até nisso é incompetente, pois não conseguiu travar Renteria em definitivo fora da área! Por isso, penalty legítimo. Que contestem os sabedores de leis.
– 2.º Golo, penalty do Guimarães. Um lance inócuo para a defesa do Braga. Rodrigues salta com o jogador do Guimarães. Este sem saltar e a recuar de costas para a baliza faz com que o defesa do Braga se projecte para a frente, fazendo com que na queda pareça fazer falta sobre o jogador de Guimarães. Já vi em lances idênticos ser marcada falta ao contrário! Lance este que se pode enquadrar numa carga a ‘destempo’ do jogador do Guimarães! Polémico, no mínimo. Qualquer lance deste género assinalado contra as “nossas” equipas, não deixaria de ser muito contestado pelos “seus” adeptos.
– Escuso a voltar comentar o terceiro penalty porque já o fiz. O único lance onde o Guimarães pode verdadeiramente dizer que há uma decisão não polémica. Trata-se de um equívoco do árbitro, que não foi corrigido como o primeiro lance.
– Caso dos cartões. Aqui não há polémica nenhuma. Se há é uma pretensa má comunicação do árbitro. Moisés acaba o jogo sem qualquer cartão. No lance do “não penalty” é lhe retirado o amarelo. No lance do penalty do Guimarães Moisés também não é penalizado com cartão de qualquer cor. O que acontece? O jogador passou maior parte do jogo lesionado e naquela altura a equipa médica do Braga decidiu que o Moisés abandonasse o campo do jogo! Tão simples quanto isto. Rodrigues? Até ao lance do suposto penalty do Guimarães, Rodrigues está sem qualquer cartão. O árbitro, mostra-lhe primeiro amarelo e depois, convencido que seria o segundo, exibe o respectivo vermelho (é claro nas imagens). Ora, também é claro nas imagens que Rodrigues e o árbitro ficam a conferenciar, presumo, a discutirem esse equívoco. Resultado: Rodrigues fica em campo com um amarelo. Erro técnico? Claro que não. O único aspecto a apontar seria a hipotética não explicação deste assunto ao capitão do Guimarães (não sei se aconteceu ou não; sei é que o árbitro admitiu no final que se equivocou no pretenso cartão vermelho a Rodrigues).
Resumindo, sem os dois últimos lances de penaltys, o resultado “normal” seria 2-1 a favor do Braga! Clarinho como a água. O árbitro emenda a mão (o resultado), muito mal, com decisões polémicas. Contra o Guimarães!? Oh, que pena tenho de um clube que semeia ódios, destila raiva e inveja, onde a única coisa que interessa ao seu Presidente recém-eleito é olhar para o modelo de sucesso do Braga e dizer que temos que fazer melhor.
Agora, uma palavra para o que verdadeiramente intriga neste jogo e pelo qual se torna um caso único! A quem interessa este resultado? Seguramente ao Braga que mantém o Benfica em sentido e o Porto à distância. De qualquer forma, não vejo o Braga com influências nas estruturas de decisão da Federação e da Liga, caso contrário, outras decisões deste campeonato teriam, certamente, outro desfecho, cujo caso de Vandinho é um exemplo flagrante.
Mas havia mais interessados no desfecho do jogo Braga-Guimarães. Falta saber quem pode mais e imagino o árbitro baralhado a saber a quem (mais) deve obedecer, o que explica o seu desnorte nos últimos lances, numa tentativa desafortunada de agradar a gregos e troianos:
– Ao Sporting, sem dúvida, a vitória do Braga foi um alívio. O 4.º lugar está mais seguro. Por isso, o jogo só pode ter mão do Sporting;
- Ao Porto interessa porque… Ora bem, caso difícil. Querem a “Champions”, mas estão indecisos e não sabem se é melhor a “Champions” ou o Benfica ficar sem campeonato!
- Ao Benfica interessa, sem dúvida! Querem o Braga mais para trás. Coincidência de intenções/interesses com o Porto? Será possível!? Que coisa estranha! Não, o Benfica está confiante e vai daí, querendo o Porto fora da “Champions”, prefere que o Braga ganhe e segure o 2.º lugar.
Eh pá, que confusão, para um Braguista, nunca vi tantos conflitos de interesses sobre a nossa equipa. Se for em nosso proveito, como foi este fim-de-semana, tudo bem. Contra o Guimarães? Ainda melhor! Agora digam-me lá como ficamos quanto a este jogo, hem!?
Por fim, o Braga de agora está roto, preso por arames. Não pode mais! A defesa está escangalhada, o meio campo está sem as pedras basilares (Vandinho e Mossoró), no ataque só temos mesmo Alan, diga-se, numa forma extraordinária. Depois sofremos de um problema crónico, que os casos falhados de Adriano e Renteria apenas vieram evidenciar: nunca tivemos um ponta de lança de jeito, apesar de Meyong se mostrar um jogador esforçado. Nem sei como ainda não caímos perante esta conjuntura... E
Eis a minha ideia: o Benfica e o Porto sabem o que querem para o Braga, mas isso é contraditório/conflituoso com os seus objectivos/interesses! É só isto e mais NADA! Explico melhor:
Eis a minha ideia: o Benfica e o Porto sabem o que querem para o Braga, mas isso é contraditório/conflituoso com os seus objectivos/interesses! É só isto e mais NADA! Explico melhor:
– Um, o Porto, não quer deixar o outro, o Benfica, ser campeão;
- O outro, o Benfica, não quer que o Porto vá a “Chanpions”!
Ora estes desagrados de equipas desavindas, seria algo que muita satisfação lhes daria, mas que a sua concretização pode colocar em risco os seus objectivos imediatos: um está perto de ser Campeão (Benfica), o outro não pode prescindir da “Champions” (Porto)!
É só rir! O Guimarães, nesta jornada, foi quem padeceu! E eu do Braga, tranquilamente, finalmente uma jornada onde posso pairar sobre um ninho de cucos, numa terra de víboras e de comadres desavindas! E até, quem sabe, se o Benfica escorrega, então é que as coisas ficam lindas…
domingo, abril 04, 2010
Ω | Escritos anteriores ao jogo do Benfica-Braga
A propósito de uma carta na revista “Maria” (no final deste texto), que vos convido a ler antes de terem a pachorra, se o desejarem, de passar os olhos por estas longas linhas que se seguem. Só para me divertir e sem grandes cuidados de prosa...
Nem é tarde, nem é cedo… Antes do jogo Benfica-Braga
Para os “benfiquistas”, bons chefes de família, que os há, certamente, no meio da rebelião que se promete por aí… A não ser que o meu Braga consiga remar contra esta maré de “águias” bravias, rápidos traiçoeiros e pedregulhos que dão à “Costa”. É difícil, pois perdemos o nosso timoneiro (“voou” sobre um ninho de “cuscos” que não gostaram da ousadia), por um “companheiro” ter-se ido queixar, qual cobarde de profissão, ao seu vizinho acomunado e de compadrio feito. De comando à distância era difícil travar o desfecho e o Braga sujeitou-se as consequências que lhes aprouveram como adequadas. Depois também não estamos em tempos bíblicos, onde, reza a parábola, David derruba Golias; e onde, por actos menos pudicos, “di marias” e Madalenas se mostram arrependidas.
Mas não satisfeitos com isso, atrasaram a sentença para o “dia seguinte” (só de ouvir, dá-me sono). E tanto gostaram do enredo – e ainda acusam ter sido o prejudicado, para bom entendedor, o BRAGA, o maquiavélico –, que se prontificaram a fazer do mesmo, com requintes que se conhece, ao seu inimigo de estimação. Claro está, continuando a ser explícito, o Porto. Bem sei que os benfiquistas que conheço são bem entendidos, mas isto pode circular e lá teremos uns tantos – muitos paspalhões – que ficam a ver navios, por força da razão que sendo Portugal um país de paspalhões, a sua grande maioria bate uma asa.
Resultado, o homem verde, fazendo jus à sua reputação, não se deixou ficar, e vai disto e daquilo. Um romeno, ou qualquer coisa que me falha, julgando ser dia de festa, aproveitou e tirou a barriga de misérias (foi um fartote de “sopapos”). Tudo supervisionado por um senhor de gravata pelo nome de quem já cheguei a respeitar como futebolista e nada mais. Esqueceu-se das suas raízes e de maneira de se fazer justiça…
Ora, como além de benfiquistas, este é também um país de doutores e juízes, mandou a lei, lato senso, ao contrário de decisão primária, que afinal os despudorados enraivecidos – é verdade que provocados –, passados uns meses, apenas têm uma pena insignificante a cumprir. Mas o tempo já passou e nada feito, cá vamos vivendo. Em atalho de foice, esta gente do Porto é mesmo mazinha e merecia castigo a dobrar, porque está-lhes no sangue… E se não estiver, eles tratam disso.
Vai daí a lei mandou dizer, tarde, para não destoar, que afinal de mauzinhos tinham muito pouco e que a medida punitiva era desproporcionada. Estou ainda à espera da acção civil para que estes cães raivosos sejam, pelos menos, punidos pela justiça civil. Mas cheira-me que o Benfica disso pouco interesse lhe advém e se não estiver atento (coisa que nisso, valha a verdade, esta ano não lhes escapa nada) vai-lhe ficar mal por falta de coerência. Explico! Ao Vandinho, por pau mandado, vislumbraram um arrufo que podia dar castigo desportivo pesado, com o beneplácito do benemérito e digníssimo juiz do CD dos “collants”, qual Robin dos Relvados (ou me engano, neste caso, os collants ficavam melhor ao execrável do Xerife de Sherwood). Com isso ficaram satisfeitos. Não vi, o dito ofendido, a instaurar um processo civil, que eu saiba (pode até ser que haja, mas isso não é notícia para jornal de bola).
Bem vistas as coisas, a suposta da nódoa na canela do ofendido, nunca ninguém a viu. Nem prova do crime existe; bem sei que também há crime na forma tentada e uma canelada é sempre uma canelada! No campo, contra um igual de profissão, nem sempre de amarelo é merecedora (que o diga o Cardozo que aos 2 minutos do célebre jogo atropelou o menino que se mudou para o outro Sporting, esse de Lisboa). O dito arranjo de adjunto, metido também ao barulho do ‘sururo’, passados uns tempos, instigado por uns iluminados, descobriu a suposta gravidade do acto e logo trataram de incriminar o homem. Azar do Braga, não era um jogador qualquer!
Os três meses, porque são ainda apenas três pontos, mantêm-se (digo agora porque o tempo urge e a coisa pode correr mal e logo duplicar). No meu modesto entender, ‘penso eu de que’, deve ser antes porque a nódoa negra nem com ‘hirudoid’ passou. Já os olhos negros, costelas partidas, e arranhões quanto baste, esses já lá foram e mereceram a complacência da dita justiça. Tudo em abono da verdade, da justiça desportiva (talvez até divina, para os crentes) e para o bem-estar da nação.
Já dizia Humberto ou Toni, para o caso vai dar ao mesmo, quando há campeão assim, até o país se entretém e dorme mais descansado, esquecendo as amarguras chatas que a televisão, tão repetitiva, passa todos os dias no telejornal. Se ainda passasse as peças do canal "Benfas TV", esse sim com reportagens bonitas, alegres e cheias de odes à verdade e há glória de não sei de quem. O que vale é que a televisão (por agora!) ainda não põe em sentido o olfacto, caso contrário só podia cheirar a mofo!
Não é que dei-me a pensar com isto. Está aqui a solução para a crise! Lembram-se? Da crise… o ‘subprime’, o carcalhol, o papel, aquela coisa que nos sustenta… Afinal, é um motivo nobre que faz correr esta gente.
Ainda assim ando desconfiado. Vou mais pelas safadices do nosso Primeiro, talvez ajudado pelo Vara, que este não dá ponta sem nó e é tudo “perfeitamente normal”. Aliás, este Vara para além doutras qualidades muito conhecidas, também é benfiquista, segundo dizem as escutas. O homem, o Primeiro, até ver, de tão atrapalhado que anda, e de avisado que é, já previa que por alturas que atravessamos precisaria de um entretimento, de um “”faitdiver” ou lá que o valha, desde que não ofuscasse o seu brilho que ousam querer manchar. Ora, só o ópio do povo lhe podia valer para desviar as atenções e fazer esquecer as chatices de umas histórias inventadas e sem importância, mas que ainda podem vir a dar que falar.
Vai daí e, se a República não for para o galheiro, lá teremos três dias de feriado nacional. Aviso desde já que por essas alturas estarei algures em parte incerta e, sobretudo, incontactável. Caso contrário, encontramo-nos em frente à Arcádia, num dia de sol, a tomar banho naquele tanque redondo – finalmente um motivo nobre para a sua inusitada existência –, enfrentando uma baleia que não se agita (ver para crer!).
Viva o SC de Braga que de glorioso tem a alma e de enorme a paixão!
Saudações Braguistas de um Bracarense.
Nem é tarde, nem é cedo… Antes do jogo Benfica-Braga
Para os “benfiquistas”, bons chefes de família, que os há, certamente, no meio da rebelião que se promete por aí… A não ser que o meu Braga consiga remar contra esta maré de “águias” bravias, rápidos traiçoeiros e pedregulhos que dão à “Costa”. É difícil, pois perdemos o nosso timoneiro (“voou” sobre um ninho de “cuscos” que não gostaram da ousadia), por um “companheiro” ter-se ido queixar, qual cobarde de profissão, ao seu vizinho acomunado e de compadrio feito. De comando à distância era difícil travar o desfecho e o Braga sujeitou-se as consequências que lhes aprouveram como adequadas. Depois também não estamos em tempos bíblicos, onde, reza a parábola, David derruba Golias; e onde, por actos menos pudicos, “di marias” e Madalenas se mostram arrependidas.
Mas não satisfeitos com isso, atrasaram a sentença para o “dia seguinte” (só de ouvir, dá-me sono). E tanto gostaram do enredo – e ainda acusam ter sido o prejudicado, para bom entendedor, o BRAGA, o maquiavélico –, que se prontificaram a fazer do mesmo, com requintes que se conhece, ao seu inimigo de estimação. Claro está, continuando a ser explícito, o Porto. Bem sei que os benfiquistas que conheço são bem entendidos, mas isto pode circular e lá teremos uns tantos – muitos paspalhões – que ficam a ver navios, por força da razão que sendo Portugal um país de paspalhões, a sua grande maioria bate uma asa.
Resultado, o homem verde, fazendo jus à sua reputação, não se deixou ficar, e vai disto e daquilo. Um romeno, ou qualquer coisa que me falha, julgando ser dia de festa, aproveitou e tirou a barriga de misérias (foi um fartote de “sopapos”). Tudo supervisionado por um senhor de gravata pelo nome de quem já cheguei a respeitar como futebolista e nada mais. Esqueceu-se das suas raízes e de maneira de se fazer justiça…
Ora, como além de benfiquistas, este é também um país de doutores e juízes, mandou a lei, lato senso, ao contrário de decisão primária, que afinal os despudorados enraivecidos – é verdade que provocados –, passados uns meses, apenas têm uma pena insignificante a cumprir. Mas o tempo já passou e nada feito, cá vamos vivendo. Em atalho de foice, esta gente do Porto é mesmo mazinha e merecia castigo a dobrar, porque está-lhes no sangue… E se não estiver, eles tratam disso.
Vai daí a lei mandou dizer, tarde, para não destoar, que afinal de mauzinhos tinham muito pouco e que a medida punitiva era desproporcionada. Estou ainda à espera da acção civil para que estes cães raivosos sejam, pelos menos, punidos pela justiça civil. Mas cheira-me que o Benfica disso pouco interesse lhe advém e se não estiver atento (coisa que nisso, valha a verdade, esta ano não lhes escapa nada) vai-lhe ficar mal por falta de coerência. Explico! Ao Vandinho, por pau mandado, vislumbraram um arrufo que podia dar castigo desportivo pesado, com o beneplácito do benemérito e digníssimo juiz do CD dos “collants”, qual Robin dos Relvados (ou me engano, neste caso, os collants ficavam melhor ao execrável do Xerife de Sherwood). Com isso ficaram satisfeitos. Não vi, o dito ofendido, a instaurar um processo civil, que eu saiba (pode até ser que haja, mas isso não é notícia para jornal de bola).
Bem vistas as coisas, a suposta da nódoa na canela do ofendido, nunca ninguém a viu. Nem prova do crime existe; bem sei que também há crime na forma tentada e uma canelada é sempre uma canelada! No campo, contra um igual de profissão, nem sempre de amarelo é merecedora (que o diga o Cardozo que aos 2 minutos do célebre jogo atropelou o menino que se mudou para o outro Sporting, esse de Lisboa). O dito arranjo de adjunto, metido também ao barulho do ‘sururo’, passados uns tempos, instigado por uns iluminados, descobriu a suposta gravidade do acto e logo trataram de incriminar o homem. Azar do Braga, não era um jogador qualquer!
Os três meses, porque são ainda apenas três pontos, mantêm-se (digo agora porque o tempo urge e a coisa pode correr mal e logo duplicar). No meu modesto entender, ‘penso eu de que’, deve ser antes porque a nódoa negra nem com ‘hirudoid’ passou. Já os olhos negros, costelas partidas, e arranhões quanto baste, esses já lá foram e mereceram a complacência da dita justiça. Tudo em abono da verdade, da justiça desportiva (talvez até divina, para os crentes) e para o bem-estar da nação.
Já dizia Humberto ou Toni, para o caso vai dar ao mesmo, quando há campeão assim, até o país se entretém e dorme mais descansado, esquecendo as amarguras chatas que a televisão, tão repetitiva, passa todos os dias no telejornal. Se ainda passasse as peças do canal "Benfas TV", esse sim com reportagens bonitas, alegres e cheias de odes à verdade e há glória de não sei de quem. O que vale é que a televisão (por agora!) ainda não põe em sentido o olfacto, caso contrário só podia cheirar a mofo!
Não é que dei-me a pensar com isto. Está aqui a solução para a crise! Lembram-se? Da crise… o ‘subprime’, o carcalhol, o papel, aquela coisa que nos sustenta… Afinal, é um motivo nobre que faz correr esta gente.
Ainda assim ando desconfiado. Vou mais pelas safadices do nosso Primeiro, talvez ajudado pelo Vara, que este não dá ponta sem nó e é tudo “perfeitamente normal”. Aliás, este Vara para além doutras qualidades muito conhecidas, também é benfiquista, segundo dizem as escutas. O homem, o Primeiro, até ver, de tão atrapalhado que anda, e de avisado que é, já previa que por alturas que atravessamos precisaria de um entretimento, de um “”faitdiver” ou lá que o valha, desde que não ofuscasse o seu brilho que ousam querer manchar. Ora, só o ópio do povo lhe podia valer para desviar as atenções e fazer esquecer as chatices de umas histórias inventadas e sem importância, mas que ainda podem vir a dar que falar.
Vai daí e, se a República não for para o galheiro, lá teremos três dias de feriado nacional. Aviso desde já que por essas alturas estarei algures em parte incerta e, sobretudo, incontactável. Caso contrário, encontramo-nos em frente à Arcádia, num dia de sol, a tomar banho naquele tanque redondo – finalmente um motivo nobre para a sua inusitada existência –, enfrentando uma baleia que não se agita (ver para crer!).
Viva o SC de Braga que de glorioso tem a alma e de enorme a paixão!
Saudações Braguistas de um Bracarense.
Escrito no seguimento do texto anterior, no sábado às 18:10, dia do jogo, em resposta a um post num blogue em reacção ao mesmo texto:
Move-me a diferença de tratamento de questões similares e só se fala do mesmo. O porto prejudicado, os jogadores deviam ser mais castigados (há matéria de facto; seja desportiva ou civil devia haver castigo proporcional), ..., etc.
Agora castigar o Vandinho 3 MESES argumentando num vento que passou, na falta de evidência, num processo que nada tem de transparente, e não se fala nada, só posso protestar e ficar doido. Mas poucos me ouvem, embora aqui a quantidade também não interessa. É apenas um exercício mental clarificador das ideias mas que dói, pois acho que seria da mais elementar justiça que o caso Vandinho nunca deveria dar em NADA!
Desde essa altura – dos castigos – o Braga, uma equipa esticada, presa por arames, super-rentabilizada, nunca mais foi a mesma. Mossoró quando voltou não mais foi o carreador do jogo. Falta-lhe a segurança nas costas de um trinco que não dá "brindes". Falavam também do Hugo Viana, mas sem a segurança do Vandinho ao lado tem-se visto. A defesa, nunca mais mostrou a segurança que evidenciava e aclamada por todos. Os bracarenses sabiam disto e estavam sempre na expectativa. Quando algo acontecesse naquele meio campo, não iríamos aguentar. Agora, da forma que foi... Já muito, mas muito para lá das expectativas e do que realmente valem, estão a fazer.
Agora, já que estamos lá, porque não!? Só que as armas foram adulteradas e sim o Braga foi o principal prejudicado, em função da evidência dos factos. O Benfica tem sempre duas ou três soluções para situações destas, o Braga não, mas isso não é culpa do Benfica.
Não digo que foi só o Benfica beneficiado; o ponto é que o Braga foi prejudicado! Agora, o momento das despenalizações dos jogadores do Porto e da manutenção do castigo ao Vandinho é cirúrgico. Não dá para enganar, o Porto está a fazer caça ao segundo lugar e muito vai depender do resultado de hoje porque se o Braga perde pode ficar a 5 do Porto e a partir daí poderá ser o descalabro... Até pode ser que tenha de torcer pelo Benfica (para mal dos meus pecados!) para ir ganhar ao Dragão, vejam lá!?
Espero um bom jogo e claro estarei a torcer pelo Braga! Ordem de prioridades: que o Braga ganhe (êxtase); um empate não destoa e é um bom resultado que deixa o Braga em vantagem em caso de empate de pontos; se perder que não seja goleado, porque sei ver e dizer que o melhor futebol deste ano é, a léguas, do Benfica. Seria preciso também menos arrogância, alguma humilde na hora da vitória e isso é que faz muito do anti-benfiquismo que há, pelo menos é disso que eu reclamo. Um último desejo: que não haja casos e que seja um jogo limpo.
E para finalizar, já depois do Jogo:
Premonitórias, as minhas palavras. Hugo Viana, nada joga; Madrid está a léguas da forma que o destacou e nunca será o substituto do Vandinho, agora sem Mossoró será o descalabro. O problema é que vão confundir isso com favores do Braga (do Domingos, do Salvador) ao Porto, que não os nego, acredito em tudo; sou adepto, mas não sou cego (mas também não quero fazer juízos de valor sobre o Domingos, sobretudo quando se tem mostrado, ao contrário do que dizem os malfeitores, um homem ponderado pelo que diz e faz). A ver vamos!
Mas estou triste, não pela derrota, que em condições normais é um resultado dentro do expectável, mas antes pelo Vandinho e agora, sobretudo, pelo Mossoró. São homens e tentem-se pôr na situação deles agora.
Sobre o jogo, apesar de o Benfica se mostrar relativamente seguro, o que me surpreendeu foi o "respeito" que teve pelo Braga, a ausência do "inferno", o defender um resultado na última meia hora, algo que não tinha acontecido até agora na Luz. Dados os recursos desiguais, o Benfica correu demasiados riscos, que um pouco de sorte do Braga (que o Benfica teve a acabar a 1.ª parte) e a história podia ser diferente. Não digo que seria justo, mas no futebol, pelo que se pode ver, não se pode falar em justiça ou moralidade; não é isso que faz os resultados.
A forma como o Braga joga agora e como jogou no seu melhor período é a diferença entre ter um meio campo seguro, com Hugo Viana à vontade (sem correr!), com Mossoró (que azar…) como uma lança apontada à baliza contrária, de costas quentes com um trinco que não dá brindes, com uma defesa que para as sobras chegava e sobrava. Agora sem Mossoró e Vandinho vai ser o descalabro. Depois vão dizer que foi o Domingos e o Salvador que vão dar a mão ao Porto para o 2.º Lugar (e até pode ser, pois já acredito em tudo!).
Assim vai o nosso futebol, tal e qual o país… uma m**da!
Carta na Revista "MARIA"
Estou com um problema e preciso da sua ajuda.
Sou um rapaz na força da vida, neste momento sem trabalho e, infelizmente, seropositivo.
Tenho dois irmãos, um é sócio do Benfica, o outro foi condenado a 25 anos de prisão por homicídio.
A minha mãe morreu de insanidade mental quando eu tinha 3 anos. Tenho duas irmãs prostitutas e o meu pai vende estupefacientes e outras drogas em dois dos bairros degradados de Lisboa.
Recentemente conheci uma rapariga acabada de sair de um reformatório por ter tentado afogar o seu filho ilegítimo recém-nascido.
Amo essa rapariga e quero casar com ela. Só concebo uma relação de transparência e amor verdadeiro, para que possamos ser felizes. A minha questão é:
- Devo falar-lhe no meu irmão que é sócio do Benfica?
Move-me a diferença de tratamento de questões similares e só se fala do mesmo. O porto prejudicado, os jogadores deviam ser mais castigados (há matéria de facto; seja desportiva ou civil devia haver castigo proporcional), ..., etc.
Agora castigar o Vandinho 3 MESES argumentando num vento que passou, na falta de evidência, num processo que nada tem de transparente, e não se fala nada, só posso protestar e ficar doido. Mas poucos me ouvem, embora aqui a quantidade também não interessa. É apenas um exercício mental clarificador das ideias mas que dói, pois acho que seria da mais elementar justiça que o caso Vandinho nunca deveria dar em NADA!
Desde essa altura – dos castigos – o Braga, uma equipa esticada, presa por arames, super-rentabilizada, nunca mais foi a mesma. Mossoró quando voltou não mais foi o carreador do jogo. Falta-lhe a segurança nas costas de um trinco que não dá "brindes". Falavam também do Hugo Viana, mas sem a segurança do Vandinho ao lado tem-se visto. A defesa, nunca mais mostrou a segurança que evidenciava e aclamada por todos. Os bracarenses sabiam disto e estavam sempre na expectativa. Quando algo acontecesse naquele meio campo, não iríamos aguentar. Agora, da forma que foi... Já muito, mas muito para lá das expectativas e do que realmente valem, estão a fazer.
Agora, já que estamos lá, porque não!? Só que as armas foram adulteradas e sim o Braga foi o principal prejudicado, em função da evidência dos factos. O Benfica tem sempre duas ou três soluções para situações destas, o Braga não, mas isso não é culpa do Benfica.
Não digo que foi só o Benfica beneficiado; o ponto é que o Braga foi prejudicado! Agora, o momento das despenalizações dos jogadores do Porto e da manutenção do castigo ao Vandinho é cirúrgico. Não dá para enganar, o Porto está a fazer caça ao segundo lugar e muito vai depender do resultado de hoje porque se o Braga perde pode ficar a 5 do Porto e a partir daí poderá ser o descalabro... Até pode ser que tenha de torcer pelo Benfica (para mal dos meus pecados!) para ir ganhar ao Dragão, vejam lá!?
Espero um bom jogo e claro estarei a torcer pelo Braga! Ordem de prioridades: que o Braga ganhe (êxtase); um empate não destoa e é um bom resultado que deixa o Braga em vantagem em caso de empate de pontos; se perder que não seja goleado, porque sei ver e dizer que o melhor futebol deste ano é, a léguas, do Benfica. Seria preciso também menos arrogância, alguma humilde na hora da vitória e isso é que faz muito do anti-benfiquismo que há, pelo menos é disso que eu reclamo. Um último desejo: que não haja casos e que seja um jogo limpo.
E para finalizar, já depois do Jogo:
Premonitórias, as minhas palavras. Hugo Viana, nada joga; Madrid está a léguas da forma que o destacou e nunca será o substituto do Vandinho, agora sem Mossoró será o descalabro. O problema é que vão confundir isso com favores do Braga (do Domingos, do Salvador) ao Porto, que não os nego, acredito em tudo; sou adepto, mas não sou cego (mas também não quero fazer juízos de valor sobre o Domingos, sobretudo quando se tem mostrado, ao contrário do que dizem os malfeitores, um homem ponderado pelo que diz e faz). A ver vamos!
Mas estou triste, não pela derrota, que em condições normais é um resultado dentro do expectável, mas antes pelo Vandinho e agora, sobretudo, pelo Mossoró. São homens e tentem-se pôr na situação deles agora.
Sobre o jogo, apesar de o Benfica se mostrar relativamente seguro, o que me surpreendeu foi o "respeito" que teve pelo Braga, a ausência do "inferno", o defender um resultado na última meia hora, algo que não tinha acontecido até agora na Luz. Dados os recursos desiguais, o Benfica correu demasiados riscos, que um pouco de sorte do Braga (que o Benfica teve a acabar a 1.ª parte) e a história podia ser diferente. Não digo que seria justo, mas no futebol, pelo que se pode ver, não se pode falar em justiça ou moralidade; não é isso que faz os resultados.
A forma como o Braga joga agora e como jogou no seu melhor período é a diferença entre ter um meio campo seguro, com Hugo Viana à vontade (sem correr!), com Mossoró (que azar…) como uma lança apontada à baliza contrária, de costas quentes com um trinco que não dá brindes, com uma defesa que para as sobras chegava e sobrava. Agora sem Mossoró e Vandinho vai ser o descalabro. Depois vão dizer que foi o Domingos e o Salvador que vão dar a mão ao Porto para o 2.º Lugar (e até pode ser, pois já acredito em tudo!).
Assim vai o nosso futebol, tal e qual o país… uma m**da!
Carta na Revista "MARIA"
Estou com um problema e preciso da sua ajuda.
Sou um rapaz na força da vida, neste momento sem trabalho e, infelizmente, seropositivo.
Tenho dois irmãos, um é sócio do Benfica, o outro foi condenado a 25 anos de prisão por homicídio.
A minha mãe morreu de insanidade mental quando eu tinha 3 anos. Tenho duas irmãs prostitutas e o meu pai vende estupefacientes e outras drogas em dois dos bairros degradados de Lisboa.
Recentemente conheci uma rapariga acabada de sair de um reformatório por ter tentado afogar o seu filho ilegítimo recém-nascido.
Amo essa rapariga e quero casar com ela. Só concebo uma relação de transparência e amor verdadeiro, para que possamos ser felizes. A minha questão é:
- Devo falar-lhe no meu irmão que é sócio do Benfica?
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